• 'Não enxergo possibilidade de vida normal ainda em 2020', diz secretário de Saúde da Bahia

    Foto: Paula Fróes | GOVBA Foto: Paula Fróes | GOVBA
    Por Matheus Simoni

    12/05/2020 - 09:00


    'Para esta doença, a segurança só virá quando tivermos uma vacina. Não existe 100% de segurança para ninguém, nem em agosto, em setembro e outubro', declarou Vilas-Boas

    SAÚDE

    - O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, comentou a expectativa pelo fim do isolamento social e a diminuição da quarentena em meio à pandemia de coronavírus na Bahia. Em entrevista à Rádio Metrópole hoje (12), ele comentou que a doença ainda não inspira tranquilidade nas autoridades sanitárias e só terá tranquilidade quando for desenvolvida uma vacina. "Estamos vendo prefeitos bloqueando ruas em Salvador, Ipiaú, Itabuna e Ilhéus. O mundo lá fora está começando a ficar um pouco mais seguro. Para esta doença, a segurança só virá quando tivermos uma vacina. Não existe 100% de segurança para ninguém, nem em agosto, em setembro e outubro. O risco de pegar sempre vai existir, como para H1N1, mas para ela há vacina hoje", declarou Vilas-Boas. Ainda de acordo com o secretário, a população precisa manter as medidas de higiene para evitar uma nova onda de transmissão nos meses seguintes ao fim da quarentena. No entanto, ele demonstrou descrença em um retorno à normalidade ainda este ano. "O que devemos fazer para não ficar recluso dentro de casa é manter as precauções, manter o uso da máscara e evitar contato físico com outras pessoas até o surgimento de uma nova vacina. O risco sempre vai existir, mas ele se reduz de forma muito significativa se a gente tomar todas as precauções. Não enxergo a possibilidade da gente ter uma vida normal ainda neste ano de 2020 enquanto não surgir uma vacina", acrescentou. Fábio Vilas-Boas declarou que a Bahia foi pioneira nas medidas de prevenção contra a transmissão de coronavírus. Na época que a gestão estadual passou a defender o uso de máscaras, segundo o secretário, antes mesmo das autoridades mundiais. "No começo as pessoas entenderam de forma estranha. Fizemos campanha através da secretaria de comunicação do governo e defendemos o uso de máscaras pela população toda. Fomos os primeiros a falar das máscaras de pano no Brasil, contra até a orientação vigente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje estamos vendo o grande sucesso que é a campanha do uso de máscaras na Bahia. É satisfatório a gente ver o retorno que a população tem dado", declarou o gestor.

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