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  • Número de casos de câncer entre jovens cresce 79% em 30 anos

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    Por Juliana Rodrigues

    08/09/2023 - 07:00


    Após o câncer de mama, os tipos que mais causaram mortes foram os de traqueia, pulmão, estômago e intestino

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    - O número de casos de câncer entre pessoas com menos de 50 anos aumentou 79% nas últimas três décadas. Isso é o que revela um estudo publicado na revista científica "BMJ Oncology" nesta semana. O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e da Universidade de Zhejiang, na China, analisou dados de 29 tipos de câncer em 204 países e regiões, incluindo o Brasil. De acordo com os dados, em 2019 foram registrados um total de 3,26 milhões de novos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos. Já em 1990, essa taxa estava próxima de 1,8 milhão de casos. Após o câncer de mama, os tipos que mais causaram mortes e impactaram negativamente a saúde foram os de traqueia, pulmão, estômago e intestino, com os maiores aumentos nas taxas de morte entre pessoas com câncer de rim ou ovário. Os pesquisadores atribuem o aumento do número de casos de câncer entre jovens a uma combinação de fatores, incluindo obesidade, álcool e tabagismo.

  • Sesab anuncia que piso da enfermagem será pago na folha salarial de setembro

    Por Juliana Rodrigues

    04/09/2023 - 19:00


    Segundo a secretaria, os profissionais devem receber o dinheiro no próximo dia 29

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    - O Governo do Estado da Bahia comunicou, nesta segunda-feira (4), que o piso salarial deverá ser pago em setembro. Os profissionais da área que atuam sob gestão direta da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) devem receber o dinheiro no próximo dia 29, referente ao repasse feito pelo Ministério da Saúde (MS), feito em 23 de agosto. Em nota, a Sesab informou que o piso para os enfermeiros é de R$ 4.750. Já para os técnicos de enfermagem, o piso será de R$ 3.325, e para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375. A secretaria ainda alertou que serão beneficiados pelo auxílio financeiro complementar somente profissionais que recebem um valor abaixo do piso de sua respectiva área. Em observação, o órgão afirmou que cerca de 55% dos agentes da rede estadual recebem o piso ou acima dele.

  • Covid-19: Brasil tem alta da variante Éris; Rio de Janeiro confirma transmissão local

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    31/08/2023 - 08:00


    Segundo Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a nova onda deve durar entre 4 e 6 semanas

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    - Dois levantamentos, um da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e outro do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), divulgados nesta quarta-feira (29), apontam que a taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou no Brasil nas primeiras semanas de agosto. O Presidente da Abramed, Wilson Shcolnik, informou que "a nova variante [chamada Éris] demonstrou ser muito transmissível, entretanto ela não traz quadros muito graves nas pessoas que são infectadas". Segundo o levantamento, o número de infecções saiu de 6,3% (29 de julho a 4 de agosto) para 13,8% (em 12 a 18 de agosto). Já de acordo com o ITpS, saiu de de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que a variante Éris, já está circulando livremente na cidade. "O Laboratório de Vigilância Genômica da Fiocruz confirmou o primeiro caso da variante trata-se de um paciente de 46 anos que havia se vacinado, mas não tinha tomado a bivalente, e que apresentou sintomas leves”, descreveu o secretário Daniel Soranz. Atual onda da Covid-19 deve durar entre 4 e 6 semanas, segundo Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

  • Quase 3 mil baianos esperam na fila de transplante de órgãos, aponta Sesab

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    23/08/2023 - 08:00


    Número é referente a janeiro e julho deste ano, e abarca espera por transplantes de córneas, rins e fígados.

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    - Quase 3 mil pessoas estão na fila de transplantes de órgãos na Bahia, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). os dados são referentes ao período entre janeiro e julho deste ano. As 2.871 pessoas aguardam doações de rins, córneas e fígados para voltarem a viver de forma saudável. Segundo a secretaria, a maior espera é referente ao transplante de rins, com 1.597 de pessoas na fila. Mais 1.252 aguardam o transplante de córnea e, 22, de fígado. Com apenas 5% dos rins em funcionamento, o pedreiro Silvanio Melo da Silva é um dos pacientes que aguarda pela doação. Atualmente, ele precisa fazer três sessões de hemodiálise por semana, que duram quatro horas cada. "Minhas pernas começaram a inchar, e eu comecei a ter dificuldade de andar. Durante o serviço, me deitei no chão e não consegui levantar mais. Quando fiz o exame, vi que 95% dos meus rins estavam afetados", contou. Por causa da doença, Silvanio não consegue mais trabalhar. Além disso, o mau funcionamento dos rins o obriga a tomar 25 comprimidos por dia e ter diversas restrições alimentares. Carne, por exemplo, é um alimento que ele só pode comer uma vez por mês. Assim como os outros pacientes, não há uma previsão para que Sivanio receba o órgão. As doações dependem do grau de urgência do paciente, da disponibilidade do órgão e da compatibilidade do órgão. Quando os pré-requisitos são cumpridos, o paciente está apto a receber o transplante. De acordo com a Sesab, 587 transplantes foram realizados neste ano. Entre eles estão: 311 de córneas, 172 de rins, 83 de medulas e 21 de fígado, totalizando 587 transplantes. Já o Ministério da Saúde divulga outros dados. De acordo com o órgão, foram feitos 541 transplantes entre janeiro e julho deste ano. Além disso, o órgão contabiliza 3.262 pessoas na fila de espera para transplante de rins, fígado e córneas. Sobre a diferença dos números, o MS afirma que contabiliza não só as pessoas que aguardam transplantes na Bahia, mas também os baianos que aguardam as doações em outras cidades. As informações são do G1. 

  • Pandemia de Aids pode acabar até 2030, diz Unaids

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    Por Ludmilla Souza

    13/07/2023 - 12:00


    Novo relatório descreve caminho para alcançar meta

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    - O fim da Aids é uma escolha política e financeira dos países e lideranças que estão seguindo esse caminho e estão obtendo resultados extraordinários, o que pode levar ao fim da pandemia de Aids até 2030. É o que mostra um novo relatório divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). O relatório - denominado O Caminho que põe fim à Aids - expõe dados e estudos de casos sobre a situação atual da doença no mundo e os caminhos para acabar com a epidemia de Aids até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Segundo a entidade, esse objetivo também ajudará o mundo a estar bem preparado para enfrentar futuras pandemias e a avançar no progresso em direção à conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O Unaids lidera e inspira o mundo a alcançar sua visão compartilhada de zero novas infecções por HIV, zero discriminação e zero mortes relacionadas à Aids. O programa atua em colaboração com parceiros globais e nacionais para combater a doença. Meta: 95-95-95 - Países como Botsuana, Essuatíni, Ruanda, República Unida da Tanzânia e Zimbábue já alcançaram as metas 95-95-95. Isso significa que, nesses países, 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico; 95% das pessoas que sabem que vivem com HIV estão em tratamento antirretroviral que salva vidas; e 95% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida. Outras 16 nações, oito das quais na África subsaariana - região que representa 65% de todas as pessoas vivendo com HIV - também estão perto de alcançar essas metas. Brasil: 88-83-95 - O Brasil, por sua vez, também está no caminho, com suas metas na casa de 88-83-95. Mas o país ainda enfrenta obstáculos, causados especialmente pelas desigualdades, que impedem que pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade tenham pleno acesso aos recursos de prevenção e tratamento do HIV que salvam vidas. Na visão da Oficial de Igualdades e Direitos do Unaids Brasil, Ariadne Ribeiro Ferreira, o movimento em casas legislativas municipais, estaduais e no Congresso Nacional de apresentar legislações criminalizadoras e punitivas que afetam diretamente a comunidade LGBTQIA+, especialmente pessoas trans, pode aumentar o estigma. “Este movimento soma-se às desigualdades, aumentando o estigma e discriminação de determinadas populações e pode contribuir para impedir o Brasil de alcançar as metas de acabar com a Aids até 2030”, diz ele. Lideranças - "O fim da Aids é uma oportunidade para as lideranças de hoje deixarem um legado extraordinariamente poderoso para o futuro", defende a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima. "Essas lideranças podem ser lembradas pelas gerações futuras como aquelas que puseram fim à pandemia mais mortal do mundo. Podem salvar milhões de vidas e proteger a saúde de todas as pessoas", acrescenta. O relatório destaca que as respostas ao HIV têm sucesso quando baseadas em uma forte liderança política com ações como respeitar a ciência, dados e evidências; enfrentar as desigualdades que impedem o progresso na resposta ao HIV e outras pandemias; fortalecer as comunidades e as organizações da sociedade civil em seu papel vital na resposta; e garantir financiamento suficiente e sustentável. Investimentos - O relatório do Unaids mostra, também, que o progresso rumo ao fim da Aids tem sido mais forte nos países e regiões com maior investimento financeiro. Na África Oriental e Austral, por exemplo, as novas infecções por HIV foram reduzidas em 57% desde 2010 e o número de pessoas em tratamento antirretroviral triplicou, passando de 7,7 milhões em 2010 para 29,8 milhões em 2022. Com o apoio e investimento no combate à Aids em crianças, 82% das mulheres grávidas e lactantes vivendo com o HIV em todo o mundo tiveram acesso ao tratamento antirretroviral em 2022, em comparação com 46% em 2010, o que levou a uma redução de 58% nas novas infecções por HIV em crianças de 2010 a 2022, o número mais baixo desde a década de 1980. Marcos legais - Segundo o relatório, o fortalecimento do progresso na resposta ao HIV passa pela garantia de que os marcos legais e políticos não comprometam os direitos humanos, mas os protejam. Vários países revogaram leis prejudiciais em 2022 e 2023, incluindo Antígua e Barbuda, Ilhas Cook, Barbados, São Cristóvão e Nevis e Singapura que criminalizavam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Financiamento - O financiamento para o HIV também diminuiu em 2022, tanto de fontes internacionais quanto domésticas, retornando ao mesmo nível de 2013. Os recursos totalizaram US$ 20,8 bilhões em 2022, muito aquém dos US$ 29,3 bilhões necessários até 2025, afirma o documento. O relatório expõe, no entanto, que existe agora uma oportunidade para acabar com a Aids na medida em que a vontade política é estimulada por meio dos investimentos em resposta sustentável ao HIV. Esses recursos devem ser focados no que mais importa, reforça o Unaids: integração dos sistemas de saúde, leis não discriminatórias, igualdade de gênero e fortalecimento das redes comunitárias de assistência e apoio. "Os fatos e os números compartilhados neste relatório não mostram que o mundo já está no caminho certo, mas indicam claramente que podemos chegar lá. O caminho a seguir é muito claro”, observa a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima.

  • Nem todo nódulo nas mamas é câncer; saiba quando buscar ajuda médica

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    Por Juliana Rodrigues

    11/07/2023 - 22:59


    Segundo dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% dos nódulos mamários são benignos

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    - Ocorrências de nódulos nas mamas são um motivo de preocupação para muitas mulheres em todo o mundo. No entanto, é essencial entender que nem todos os nódulos são malignos. Segundo dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% dos nódulos mamários são benignos. A mastologista Milena Pessoa ressalta que é importante que as mulheres conheçam seu próprio corpo e estejam atentas a quaisquer alterações nas mamas. Em geral, um nódulo benigno é geralmente macio, indolor e de consistência regular. No entanto, se você notar um nódulo que seja duro, irregular ou doloroso, é aconselhável procurar imediatamente um profissional de saúde para uma avaliação detalhada. De acordo com especialistas, embora a maioria dos nódulos mamários benignos não represente um risco à saúde, é necessário investigá-los para descartar a possibilidade de câncer. 

    Foto: Divulgação
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    A mastologista recomenda que mulheres com mais de 40 anos realizem exames de mamografia regularmente para a detecção prévia de qualquer anomalia. Para aquelas com histórico familiar de câncer de mama, a idade recomendada para iniciar os exames é mais precoce, geralmente aos 35 anos. O diagnóstico antecipado é fundamental para o tratamento eficaz do câncer de mama. Portanto, é importante que as mulheres não hesitem em buscar ajuda médica se notarem qualquer alteração nas mamas. A realização regular de exames das mamas e o acompanhamento médico são essenciais para a detecção precoce e, consequentemente, para uma maior taxa de sucesso no tratamento. “Não devemos ignorar qualquer alteração ou sinal de alerta. A informação é uma aliada poderosa na luta contra o câncer de mama, e a conscientização é a chave para a prevenção e o diagnóstico precoce. Cuidar da sua saúde e não deixar de realizar exames regulares é um sinal de amor próprio”, finaliza Milena Pessoa.

  • Uma nova praga para os jovens: cigarros eletrônicos viram febre e criam legião de viciados em nicotina

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    Por Mariana Bamberg / Jornal Metropole

    22/06/2023 - 09:30


    Os cigarros eletrônicos surgiram no exterior como uma alternativa ao hábito de fumar ou até uma estratégia para ajudar a largar o vício, o que é um mito

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    - Vape ou pod. O nome é simpático. Seus formatos também - muitas vezes, simulam um pendrive ou um batom. O sabor também é atraente, vai de menta até algodão doce. Prometem não só glamour, mas ainda auxílio na tentativa de largar o vício do tabaco. Mas, por trás de tudo isso, a face verdadeira dos cigarros eletrônicos escondem mais de duas mil substâncias prejudiciais ao pulmão e níveis de nicotina muito superiores ao que é encontrado no cigarro tradicional. O dispositivo, que de inofensivo tem nada, se tornou uma armadilha que ameaça a saúde pública, sobretudo para os jovens.

    Os cigarros eletrônicos surgiram no exterior como uma alternativa ao hábito de fumar ou até uma estratégia para ajudar a largar o vício. Mito. Um mito com consequências perversas e geracionais. O dispositivo definitivamente não é prescrito para isso e não auxilia nesse processo. Ele, na verdade, tem muito mais nicotina. Exames realizados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo indicaram que os níveis da substância em jovens que consomem vape são o equivalente ao consumo de 20 cigarros tradicionais por dia. A média diária do brasileiro fumante é de sete cigarros.

    Inimigos desconhecidos

    A nicotina é o vilão conhecido dessa história, mas também fazem parte dessa armadilha outras duas mil substâncias - entre elas produtos cancerígenos e tóxicos que podem causar problemas pulmonares e cardiovasculares. De acordo com a médica pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, uma grande parte desses componentes ainda é desconhecida, mas já se sabe que até metais pesados são liberados durante o aquecimento do líquido presente no dispositivo.

    “Então, não é só a dependência química causada pela nicotina. É também a exposição a determinadas substâncias que, quando aquecidas a uma temperatura muito alta, seguramente vai causar uma injúria pulmonar”, explicou a pesquisadora em entrevista à Rádio Metropole. 

    Danos letais

    Além do aumento de problemas cardiovasculares, os países que adotam esse tipo de produto estão registrando uma espécie de epidemia de uma síndrome respiratória aguda identificada há três anos e causada pelo consumo do vape. A chamada evali vem se apresentando com sintomas comuns, como tosse, dor torácica, falta de ar, febre, calafrios, mas tem matado rapidamente muitos jovens. Nos Estado Unidos, por exemplo, antes da pandemia da Covid-19, foram relacionadas ao evali mais de 2,8 mil internações e 68 óbitos de jovens. No Brasil, de acordo com a pesquisadora da Fiocruz, as informações são escassas e, talvez por conta disso, ainda não há registro de mortes atribuídas a esse quadro.

    Segundo o cirurgião torácico e pesquisador do Senai Cimatec Ricardo Sales, para algumas pessoas, o vape pode ser ainda pior do que o convencional. “A maneira que o cigarro eletrônico é consumido parece uma gordura que você inala e se acumula nos brônquios causando inflamação crônica, fibrose pulmonar. Então, digo que pode ser que seja até pior do que o cigarro convencional, mas ainda estamos acumulando informação para poder afirmar com mais veemência. O que a gente sabe é que causa sim mal e que deve ser evitado”, afirmou em entrevista à Rádio Metropole.

    Oferta perversa

    Basta uma rápida pesquisa na internet, que o próprio Google elenca e até traça rotas para lojas que comercializam o dispositivo. Nas praias, em portas de bares e restaurantes também não são raros os vendedores oferecendo cigarros eletrônicos. Apesar do fácil acesso, no Brasil, a venda do vape é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há 14 anos. 

    Os dispositivos chegam ao país por contrabando ou fabricação clandestina, o que torna a qualidade do produto ainda mais duvidosa. Só nos seis primeirs meses de 2023, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu nas rodovias que cortam a Bahia 160 cigarros eletrônicos. O resultado desse cenário enevoado é um número cada vez maior de pessoas caindo nesta armadilha. Uma pesquisa realizada pelo Ipec apontou que só entre 2018 e 2022 o número de pessoas que usam o cigarro eletrônico quadruplicou no Brasil. Passou de 500 mil para 2,2 milhões consumidores.

    Novos alvos

    Assim como aconteceu com os cigarros convencionais, os eletrônicos chegam ao mercado disfarçados com a sensação de glamour, mas com preços acessíveis. É possível adquirir um vape por menos de R$50. Com todos esses atrativos, os jovens então são as presas perfeitas para esta armadilha.

    Por isso, a pesquisadora da Fiocruz é categórica. Para ela, os cigarros eletrônicos são “a nova desgraça que contamina a juventude”. E não é para menos. Um levantamento publicado neste ano, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mostrou que um em cada cinco brasileiros de 18 a 24 anos já usaram, pelo menos uma vez na vida, o cigarro eletrônico. Dos 2,8 mil  internados com evali nos Estados Unidos, 70% tinham menos de 34 anos.

    “Não hesito em classificar como a nova desgraça na saúde pública, porque esses jovens vão se tornar uma nova legião de adictos de nicotina em um futuro muito próximo. E as pessoas que conseguiram parar de fumar e estão se iludindo que com o cigarro eletrônico vão poder interromper o vício de novo, elas terão um risco muito grande de se tornar de novo adictos do hábito de fumar”, avaliou Dalcomo.

    A indústria de sempre

    Se para alguns os dispositivos representam uma falsa sensação de glamour que mais tarde vai se transformar em graves problemas de saúde, para outros, o vape é simplesmente uma forma de recuperar a demanda. Nos últimos 60 anos, o Brasil saiu de 35% para 10% da população fumante. A única prejudicada nisso foi a indústria tabageira, a quem a  Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui mais de 8 milhões de mortes por ano. 

    “Quem está produzindo o vape é quem já produzia cigarro. Não são novos produtores, é a mesma origem. Isso não é por acaso e nem é um gesto de bondade a favor da saúde ou do bem comum. São grandes interesses econômicos que estão envolvidos nisso”, avaliou Dalcomo. 

    Por trás de uma indústria milionária há sempre um forte lobby no Congresso Nacional para defender os interesses de um mercado nem sempre tão saudável. No caso dos vapes não é diferente, há 14 anos a indústria tabageira permanece pressionando para que eles sejam regulamentados, com a desculpa de que isso traria mais segurança para os consumidores. Os legisladores e a Anvisa, no entanto, não têm cedido e os dispositivos continuam proibidos no Brasil.

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  • Apenas 13% dos adultos tomaram reforço para Covid com vacina bivalente no Brasil

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    19/06/2023 - 08:30


    O levantamento ainda aponta que a cobertura especialmente baixa está entre os mais jovens, com menos de 2% na cobertura

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    - Quase dois meses após a liberação da vacina bivalente para todos aqueles com mais de 18 anos, a procura pelo imunizante tem sido consideravelmente baixa. De acordo com o levantamento da Folha de São Paulo, apenas 13% do público elegível no Brasil tomou a nova dose. O levantamento ainda aponta que a cobertura especialmente baixa está entre os mais jovens. A imunização infantil encontra-se agravada, com menos de 2% na cobertura. Entre as crianças de  6 meses a 4 anos, apenas 1,4% alcançou o esquema completo recomendado, que é com três doses do modelo adequado da Pfizer. A bivalente, produzida pela farmacêutica Pfizer, garante proteção contra a cepa original, que causou a primeira onda da pandemia de covid-19, e suas variantes. Para tomar o reforço é necessário que a última aplicação das duas ou mais doses da vacina monovalente tenha ocorrido há no mínimo quatro meses. O novo imunizante está disponível para qualquer adulto. Em entrevista ao jornal, a pesquisadora da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Margareth Dalcolmo, defendeu a relevância da contínua imunização com o novo imunizante disponível. “É muito nocivo que a procura para vacinação bivalente esteja ainda tão baixa no Brasil, uma vez que tem surgido estudos mostrando que a proteção adicional que se obtém contra as novas variantes que circula é muito alta”, afirma a especialista.

  • Farmácia Popular: anticoncepcionais e remédio para osteoporose passam a ser gratuitos; veja lista

    Por Renata Okumura

    07/06/2023 - 15:00


    A iniciativa deve beneficiar 55 milhões de brasileiros. Segundo o ministério, o governo federal retoma o programa com expansão da oferta gratuita de medicamentos e credenciamento de novas unidades em municípios de maior vulnerabilidade.

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    - Assim como remédios para hipertensão, diabetes e asma, os medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos passam agora a integrar o rol de gratuidade do programa Farmácia Popular do Brasil, conforme anúncio feito nesta quarta-feira, 07, pelo Ministério da Saúde. Até então, as medicações estavam disponíveis pelo programa em duas modalidades: Gratuidade (asma, diabetes e hipertensão) e medicamentos de outras oito categorias ofertados em formato de copagamento - com até 90% de desconto.

    Veja lista abaixo. “Essa população terá acesso gratuito aos medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos. São produtos que eram oferecidos pelo Farmácia Popular com preços mais baixos (50% de desconto) e que agora passam a integrar o rol de gratuidade”, afirmou em comunicado. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 milhões de mulheres que antes pagavam a metade do valor devem ser beneficiadas com a retirada dos produtos de graça. Além disso, com a ampliação do programa, os beneficiários do Bolsa Família também terão acesso aos 40 medicamentos disponíveis na lista do Farmácia Popular do Brasil, que contempla o tratamento para 11 doenças. A iniciativa deve beneficiar 55 milhões de brasileiros. Segundo o ministério, o governo federal retoma o programa com expansão da oferta gratuita de medicamentos e credenciamento de novas unidades em municípios de maior vulnerabilidade. Com as novas habilitações que serão abertas, a expectativa é que o Farmácia Popular, até o fim do ano, passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros. O programa foi relançado nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento em Pernambuco. “Antes do Farmácia Popular, o povo ia na UBS, ia a um posto de saúde, era atendido pelo médico, pegava a receita e levava para casa. Muitas vezes, acabavam morrendo com a receita em cima da mesa, porque não tinham dinheiro para comprar o remédio. Isso não vai mais acontecer no nosso país. É por isso que nós resolvemos lançar o programa há tantos anos. Ele foi diminuído pelo governo passado, mas nós voltamos agora com mais força, mais remédio e capacidade de atender a totalidade das pessoas necessitadas do Brasil. Cuidar de doença é caro e cuidar da saúde não é gasto, é investimento”, disse Lula. O programa Farmácia Popular do Brasil também passa a ofertar todos os medicamentos do rol de forma gratuita para a população indígena. O Ministério da Saúde disse ainda que irá facilitar o acesso ao programa para a população indígena aldeada. “Para evitar o deslocamento desta população, será nomeado um representante de comunidade responsável por retirar os medicamentos indicados, sem necessidade de ter um CPF para ser atendido”, disse a pasta sobre a iniciativa que entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami, em Roraima, e, em seguida, expandida de forma gradual para as outras regiões. Farmácia Popular do Brasil - Criado em 2004, o programa Farmácia Popular do Brasil é uma ação complementar de assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, foram ofertados medicamentos com preços mais baixos. Em 2006, na primeira expansão do programa, o Ministério da Saúde fechou parceria com as farmácias e drogarias da rede privada, instituindo a modalidade “Aqui Tem Farmácia Popular”. A partir de 2011, o programa começou a ofertar à população medicamentos gratuitos indicados para o tratamento de três doenças. São elas: Asma; Diabetes; Hipertensão. Inclusos também na lista de gratuidade a partir de agora: Contraceptivo; Osteoporose. Tratamentos ofertados em formato de copagamento - com até 90% de desconto. São eles: Contraceptivo (passa agora a integrar o rol de gratuidade); Dislipidemia (presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue, como no caso do colesterol total); Doença de Parkinson; Glaucoma; Incontinência (fralda geriátrica); Osteoporose (passa agora a integrar o rol de gratuidade); Rinite; DM II + Doença Cardiovascular (acima de 65 anos). Com a ampliação, quem recebe o Bolsa Família e pertence à população indígena também terá acesso gratuito aos medicamentos listados para as patologias acima. No caso de contraceptivo e osteoporose, essas duas patologias entram a partir de agora no rol de gratuidade. A lista do programa Farmácia Popular do Brasil, que contempla o tratamento para 11 doenças, reúne 40 medicamentos, tendo mais opções de remédios dependendo da patologia citada. O que é preciso apresentar para retirar os medicamentos de forma gratuita: Bolsa Família - Para retirar, basta o usuário ir até a farmácia credenciada e apresentar a receita médica, documento de identidade e CPF. O reconhecimento do vínculo do beneficiário com o Bolsa Família ocorrerá automaticamente pelo sistema, não sendo necessário cadastro prévio. Farmácia Popular Indígena - Com a ação, o Farmácia Popular passa a ofertar todos os medicamentos do rol do programa de forma gratuita para essa população. Para evitar o deslocamento, um representante da comunidade será escolhido para retirar os medicamentos indicados. Assim, também não será necessário ter um CPF para ser atendido pelo programa. 

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  • Anvisa renova autorização de vacinas e medicamentos de uso emergencial

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    06/06/2023 - 10:00


    Para que sejam fabricados, produtos precisam de registro definitivo

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    - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução que permite a utilização de medicamentos e vacinas autorizados para uso emergencial durante a pandemia de covid-19. Em  nota, a agência destacou que, com o fim da emergência de saúde pública de importância nacional, a norma que estabelecia regras para concessão e manutenção das autorizações de uso emergencial perdeu a vigência. Comercialização - Para que medicamentos e vacinas aprovados por meio dessas autorizações ainda possam ser utilizados, a Anvisa publicou a nova norma, permitindo o uso, a distribuição e a comercialização desses produtos, desde que tenham sido fabricados até o último dia 21 de maio”, esclarece a decisão. A nova resolução reconhece que os medicamentos e as vacinas mantêm sua eficácia e segurança e seguem com avaliação positiva na relação benefícios x riscos. Confira a lista abaixo:  vacina Comirnaty bivalente BA.1; vacina Comirnaty bivalente BA.4/BA.5; vacina CoronaVac; medicamento Sotrovimabe e Lagevrio (molnupiravir); medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir). Ainda segundo a Anvisa, para que continuem a ser fabricados após 21 de maio, esses produtos precisam ter seu registro definitivo solicitado pelas empresas. “Até o momento, as vacinas CoronaVac e Comirnaty bivalente BA.4/BA.5, além do medicamento Paxlovid, já possuem pedido de registro em análise”, finalizou a Anvisa.

  • Gripe aviária: Brasil decreta emergência zoossanitária

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    23/05/2023 - 15:00


    O governo informou que, até o momento, oito casos de H5N1 foram confirmados em aves no Brasil

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    - O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou, nesta segunda-feira (22), estado de emergência zoossanitária por 180 dias, devido à detecção de infecção do vírus da gripe aviária em aves silvestres no Brasil. Foi registrado a contaminação de aves silvestres pela gripe aviária de alta patogenicidade. Desta forma, o vírus pode agir causando graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade. De acordo com o comunicado, há também uma prorrogação, por tempo indeterminado, na suspensão de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomerações de aves. O governo informou que, até o momento, oito casos de H5N1 foram confirmados em aves no Brasil, sendo sete no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro.

  • Alfabetização no Brasil é uma das piores do mundo

    Foto: Reprodução | Natássia Ferreira Foto: Reprodução | Natássia Ferreira
    18/05/2023 - 23:00


    Participando pela primeira vez do ranking, Brasil aparece na 39ª posição entre 43 países avaliados

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    - De acordo com o exame internacional Pirls (Progress in International Reading Literacy Study), as habilidades de leitura e compreensão de texto das crianças brasileiras do 4º ano do ensino fundamental estão na 39º posição no ranking com 43 países, apenas à frente de Irã, Jordânia, Egito e África do Sul. “O resultado desse exame demonstra a fragilidade da educação, desde antes da pandemia . Oferecer estrutura para garantir o ensino de qualidade, que permita aos estudantes desenvolver as habilidades de leitura e compreensão, é fundamental para evitar evasão, abandono escolar ou a distorção idade-série”, comenta a superintendente do Itaú Social, Patricia Mota Guedes. O levantamento ocorre por amostragem em larga escala com estudantes de escolas públicas e privadas. Essa foi a primeira vez que o Brasil participou desse ranking. O estudo é realizado a cada cinco anos pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), sendo considerado o principal exame do mundo focado especificamente em leitura.

  • Gripe: todos com mais de 6 meses podem se vacinar a partir de hoje

    Foto: Tiago Rego | Sudoeste Bahia       Foto: Tiago Rego | Sudoeste Bahia
    15/05/2023 - 10:30


    Meta é imunizar 90% da população, diz Ministério da Saúde

    SAÚDE

    - A partir desta segunda-feira (15), toda a população com mais de 6 meses pode tomar a vacina contra a gripe. A ampliação do público foi anunciada pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (12). O objetivo, segundo a pasta, é expandir a cobertura vacinal contra a doença antes do inverno, quando as infecções respiratórias tendem a aumentar. “A orientação atende a pedido de estados e municípios, que podem usar as vacinas em estoque e adotar estratégias locais para operacionalizar a imunização, atendendo às realidades de cada região. Mais de 80 milhões de doses da vacina trivalente, produzidas pelo Instituto Butantan, foram distribuídas para todo o país. A meta é vacinar 90% da população”, destacou o ministério, por meio de nota. A vacina estava sendo aplicada apenas em idosos acima de 60 anos; crianças com idade a partir de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); imunossuprimidos; indígenas; profissionais da saúde e da educação; pessoas com deficiência permanente ou com comorbidades; profissionais de transporte coletivo e portuários; trabalhadores das forças de segurança e salvamento; trabalhadores das forças armadas e do sistema prisional; e população privada de liberdade. A pasta reforçou que a imunização é fundamental porque reduz a carga da doença, sobretudo em pessoas com problemas de saúde e idosos, prevenindo hospitalizações e mortes, além de diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde. Até o fim de abril, pelo menos 253 mortes por gripe foram confirmadas no país. Emergência - Um aumento de mais de 108%, entre janeiro e maio deste ano, nas internações de crianças com síndromes gripais fez com que o governo do Amapá decretasse emergência em saúde pública no último sábado (13). A superlotação no Hospital da Criança e do Adolescente, na capital Macapá, fez com que até salas administrativas fossem transformadas em espaços para 32 novos leitos clínicos. O hospital também ampliou o número de vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, de 20 para 24. Dados da Secretaria de Saúde do Amapá indicam que, até o fim da semana passada, a rede hospitalar pública e privada registrou mais de 190 casos de internação síndrome gripal, sendo 109 no Hospital da Criança e do Adolescente e no Pronto Atendimento Infantil. A maioria dos pacientes tem idade entre 7 meses e 4 anos. Do total de pacientes internados, 29 estavam entubados.

  • “É hora de intensificar a vacinação”, diz ministra sobre covid-19

    Foto: Reprodução | Agência Brasil Foto: Reprodução | Agência Brasil
    08/05/2023 - 08:00


    Nísia Trindade fez pronunciamento em cadeia de rádio e TV

    SAÚDE

    - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou neste domingo (7) que infecções pelo vírus Sars-COV 2, responsável pela covid-19, vão continuar ocorrendo e que o momento é de fortalecimento dos sistemas de vigilância, diagnóstico, assistência e vacinação. As informações são da Agência Brasil. Segundo ela, o vírus ainda sofrerá mutações e, por isso, os cuidados devem ser mantidos. “É hora de intensificar a vacinação. As hospitalizações e óbitos pela covid-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas”, destacou a ministra em cadeia de rádio e televisão. "Por esta razão, o Ministério da Saúde, ao lado de estados e municípios, realiza desde fevereiro um movimento nacional pela vacinação de reforço para covid- 19. Esta é a forma mais eficaz e segura de proteger nossa população. Precisamos estar unidos pela saúde, em defesa da vida", acrescentou. Na última sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. “Depois de termos passado por um período tão doloroso, nosso país recebe essa notícia com esperança”, afirmou Nísia. “O momento é de transição do modo de emergência para enfrentamento continuado como parte da prevenção e controle de doenças infecciosas.” Durante o pronunciamento, a ministra lembrou que o Brasil perdeu 700 mil vidas durante o surto sanitário. "Outro teria sido o resultado se o governo anterior, durante toda a pandemia, respeitasse as recomendações da ciência. Se fossem seguidas e cumpridas as obrigações de governante de proteger a população do país. Não podemos esquecer. Precisamos preservar esta memória para construir um futuro digno", reforçou. Ela agradeceu os cientistas e os laboratórios que desenvolveram os imunizantes e fez uma referência especial aos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). "Apesar do negacionismo, dos ataques à ciência e da política de descaso, muitas vidas foram salvas devido ao SUS e ao esforço sem limites dos trabalhadores e das trabalhadoras da saúde", destacou a ministra. "A eles, agradeço em meu nome e em nome do presidente Lula, que tem se dedicado desde o primeiro dia de nosso governo à política do cuidado e ao fortalecimento do SUS", reforçou Nísia.

  • Arcturus: nova variante do coronavírus é uma sublinhagem da Ômicron

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    28/04/2023 - 15:00


    XBB.1.16 é um descendente da XBB recombinante, que é um misto de duas sublinhagens BA.2 da Ômicron

    SAÚDE

    - A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a sublinhagem Ômicron XBB.1.16 como uma nova variante de interesse, depois que apresentou rápido crescimento e está superando a XBB.1.5 anteriormente dominante em muitas regiões. A variante foi apelidada de Arcturus, como a estrela mais brilhante do hemisfério celeste Norte, já que, atualmente, é a variante dominante na Índia. O país registra, desde o final de março, um aumento no número de novos casos diários de covid-19, que pularam de 100 em janeiro para mais de 1,5 mil. Segundo dados do Ministério da Saúde da Índia, divulgados no dia 28 de março de 2023, o país teve 1.573 novas infecções em 24 horas, e os casos ativos aumentaram para 10.981. A Arcturus foi detectada em 32 outros países, incluindo os Estados Unidos. Até o momento, especialistas afirmam que cepa XBB.1.16, da família da ômicron, é mais contagiosa, mas não há indícios de que leve a maior gravidade da doença. De acordo com a OMS, embora essa variante pareça estar se espalhando mais rapidamente do que as anteriores e escape da imunidade – mesmo em pessoas que tiveram recentemente a cepa XBB.1.5 (Ômicron) – ela não parece causar doenças mais graves, sendo considerada como uma variante de risco baixo. A OMS recomenda que os países compartilhem informações sobre essa variante e, principalmente, fiquem atentos aos indicadores de gravidade da doença à medida que essa sublinhagem se espalha.

  • Alerta na Bahia: Vírus que causa bronquiolite cresce e leva à internação de crianças

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    27/04/2023 - 07:30


    Na Bahia, foram registrados 118 casos e dois óbitos pelo vírus sincicial respiratório (VSR), somente entre os dias 1º e 13 de abril deste ano

    SAÚDE

    - O vírus sincicial respiratório (VSR), que é um dos principais causadores da bronquiolite, tem levado à internação de crianças com até 4 anos no Brasil, e também na Bahia. O VSR foi identificado em 47,2% dos casos que levaram à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), resultando em internação do público pediátrico desta faixa etária. Os dados são do boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e referem-se à semana epidemiológica de 2 a 8 de abril. São notificações de casos no sistema Sivep-Gripe, que inclui hospitais públicos e privados de todo o país. Na Bahia, os números chamam atenção. Somente entre 1º e 13 de abril de 2023, foram 118 casos e dois óbitos pelo VSR. No panorama que detalha por município, Salvador lidera com 46 casos (38,9%), seguido por Vitória da Conquista com 20 casos (16,9%) e Jequié com 12 casos (10,1%). Os óbitos foram um em Salvador e um em Barra do Choça. Considerando os dados do estado em 2023, entre o dia 1º de janeiro e 11 de abril, houve a notificação de 1.938 casos de SRAG. Dados preocupantes - Durante um evento que apresentou os dados do VSR na Bahia, realizado nesta terça-feira (25), em Salvador, a médica Thereza Paim, pediatra habilitada em UTI neonatal, coordenadora da Neonatologia da Maternidade José Maria de Magalhães Neto, falou sobre a preocupação com o número de casos. “Há um aumento súbito importante, especialmente este mês. São notificações da SRAG e, em torno de tudo isso, sabemos que tem mais bebês que estão com o vírus, ficam adoecidos, mas que acabam, ou não tendo acesso ao hospital, ou passando apenas por um pronto atendimento. Então, há um número muito maior além do que estamos apresentando. Por isso, precisamos ter o entendimento de que o vírus está circulando e que ele pode levar a um desfecho muito ruim, como a ocorrência do óbito, especialmente em bebês menores de 1 ano”, alertou. Em 2021 e 2022, já havia sido verificado o aumento do número de casos de SRAG ocasionados pelo vírus sincicial respiratório, em comparação com os dois anos anteriores. No ano passado, tivemos um total de 696 casos, com 14 mortes, enquanto em 2021 foram 470 casos, com 15 óbitos. “Vendo como a Bahia está representada nesses dados, a gente observa, primeiro, que estamos conseguindo evoluir com relação às notificações, o que é muito importante, e depois, a presença do vírus  [VSR] circulando. Isso porque, claro, porque sabemos que há um período de sazonalidade, que aqui na Bahia, é muito predominante entre março e junho, atingindo principalmente as crianças menores de 4 anos, especialmente as menores de 1 ano”, ressaltou Paim. Segundo a médica, é importante levar esses dados à população, para falarmos sobre as formas de prevenção e como evitar mortes. “Esses números não são um alerta para gerar pânico. Estamos falando de um vírus que já existe, que já sabemos da sua sazonalidade. O que precisamos chamar atenção é que os mecanismos de prevenção são os mesmos que aprendemos durante a pandemia, e que valem para todos os vírus que atingem o trato respiratório. Há, de fato, a percepção de aumento dos registros, inclusive com óbitos - dois somente nesse mês -, portanto, é momento de focar no cuidado com as nossas crianças que estão em escolas e creches, ou que têm irmãos mais velhos em casa”, reforçou.

  • Covid-19: governo amplia vacina bivalente para todos acima de 18 anos

    Foto: Reprodução | Agência Brasil Foto: Reprodução | Agência Brasil
    25/04/2023 - 17:00


    Cerca de 97 milhões de brasileiros podem ser vacinados

    SAÚDE

    - O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (24) a ampliação da campanha de vacinação contra covid-19 com a dose de reforço bivalente para toda população acima de 18 anos de idade. Cerca de 97 milhões de brasileiros poderão ser vacinados. As informações são da Agência Brasil. Pode tomar a dose bivalente quem recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A dose mais recente deve ter sido tomada há quatro meses. Quem está com dose em atraso, pode procurar também as unidades de saúde. O ministério ressalta que as vacinas têm segurança comprovada, são eficazes e evitam complicações decorrentes da Covid-19. A ampliação, segundo a pasta, tem "o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país". A campanha de imunização com a vacina bivalente foi iniciada em fevereiro, voltada para idosos de 60 anos ou mais, pessoas que vivem em instituições de longa permanência, pessoas imunocomprometidas, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, gestantes e puérperas, profissionais de saúde, pessoas com deficiência permanente, presos e adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários de penitenciárias. Até o dia 20 deste mês, mais de 10 milhões de pessoas já tinham tomado o reforço bivalente, sendo 8,1 milhões idosos, conforme dados divulgados pelo ministério.

  • Varíola dos macacos: sintomas e prevenção

    Foto:Divulgação | Dr. Ajuda! Foto:Divulgação | Dr. Ajuda!
    24/04/2023 - 21:30


    A varíola dos macacos pode ser transmitida por contato direto ou indireto

    SAÚDE

    - A varíola dos macacos é uma doença causada por um vírus que já era comum na África, porém no último ano, houve um aumento crescente na Europa e outros continentes. Sintomas - Os sintomas da varíola do macaco são semelhantes à varíola humana, já erradicada com a vacinação. No entanto, entre os mais frequentes estão: Febre; Dor de cabeça intensa; Dores musculares; Dor nas costas; Fraqueza; Gânglios linfáticos inchados; Lesões na pele planas ou elevadas, podendo abrir feridas ou formar crostas. Esses sintomas duram entre 2 e 4 semanas e vão embora por conta própria, sem tratamento. Raramente causa morte. A varíola dos macacos pode ser transmitida por contato direto ou indireto, como aranhões, mordidas, ingestão de alimentos contaminados ou ainda contato com pessoas doentes. Em casos de suspeita de varíola dos macacos, busque ajuda de um pronto atendimento. Saiba mais sobre este assunto. Assista ao vídeo do canal Doutor Ajuda:

  • Câncer hereditário: saiba quando se preocupar

    Foto Divulgação | Dr. Ajuda! Foto Divulgação | Dr. Ajuda!
    21/04/2023 - 22:46


    Neste vídeo, a oncologista Allyne Queiroz falará sobre câncer hereditário.

    SAÚDE

    - Todo câncer nasce de uma alteração de material genético da célula, chamado de mutação genética. Câncer hereditário: No câncer hereditário, a pessoa já nasce com a mutação genética, que aumenta o risco de ter câncer, em relação à população. Ele passa de pai/ mãe para filho/ filha, ou seja, a pessoa já nasce com a mutação genética e normalmente são tumores com comportamentos diferentes. Câncer esporádico: Já em casos de câncer esporádico, na maioria das vezes, a mutação genética não foi passada pelos pais, ou seja, ocorre pelo acaso devido ao desgaste do organismo, associado ao avanço da idade e estilo de vida. Por isso, a obesidade, tabagismo e alcoolismo estão entre os fatores de risco deste câncer. Saiba mais sobre este assunto. Assista ao vídeo do canal Doutor Ajuda:

  • Governo Bolsonaro incinerou mais de 39 milhões de vacinas; prejuízo ultrapassa R$170 milhões

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    20/04/2023 - 14:02


    A perda das vacinas custou aos cofres públicos um prejuízo de R$ 170 milhões; gasto total é ainda maior, por conta da despesa com gestão do estoque, armazenamento e processo de incineração

    SAÚDE

    - Mais de 39 milhões de doses de vacinas foram incineradas pelo Ministério da Saúde entre 2019 e 2022, por passarem da validade.  Entre elas, mais de 3 milhões eram da vacina pentavalente, que, desde 2019, está em falta em postos de saúde por conta de problemas de abastecimento em todo o mundo. As informações são do portal G1. De acordo com a reportagem, ao todo foram incinerados 3.884.309 de frascos da vacina pentavalente, que protege contra tétano, coqueluche, difteria, hepatite B e contra uma bactéria que causa infecções no nariz, na meninge e na garganta. Já a vacina que protege contra o sarampo e a rubéola, a chamada dupla viral, teve mais de um milhão de frascos - cada um com 10 doses cada - queimados Isso significa que 10 milhões de doses deixaram de ser aplicadas. Foram incinerados também fracos de vacinas contra hepatite B (596.860), a BCG (497.830) e a Tríplice Viral (321.284).  A perda das vacinas custou aos cofres públicos um prejuízo de R$ 170 milhões. O gasto total do governo federal é ainda maior, por conta da despesa com gestão do estoque, armazenamento e processo de incineração.  O valor representa quase 10 vezes os R$ 13 milhões previstos para o combate à tuberculose no país. A proteção contra a doença envolve a vacina BCG, da qual o ministério destruiu 9 milhões de doses.