CAETITÉ - Edson Junqueira, técnico em fiscalização agropecuária de Caetité, esclareceu que, apesar do surto de raiva animal registrado na região, o município de Caetité teve apenas um caso confirmado da doença. O diagnóstico foi feito em um equino, enquanto outros registros ocorreram predominantemente em Guanambi, em áreas próximas ao limite entre os dois municípios. "Em Caetité foi um animal só confirmado positivo. Tivemos algumas incidências de morte há cerca de 60 dias antes dessa confirmação, mas os produtores, como sempre, escondem as coisas da gente, o que dificultou a coleta de material no tempo necessário para diagnóstico", explicou Junqueira em entrevista ao site Sudoeste Bahia na manhã desta quinta-feira (09). Segundo o técnico, as mortes de outros animais, embora suspeitas de raiva, não puderam ser oficialmente confirmadas devido à demora dos produtores em notificar os órgãos de fiscalização. Essa falta de comunicação impediu a coleta oportuna de material para análise, resultando na ausência de carcaças viáveis para exames e confirmação da doença. Junqueira também tranquilizou os moradores sobre o consumo de carne no município. "Os consumidores podem ficar tranquilos, pois as carnes inspecionadas nos mercados são seguras. No entanto, é importante evitar comprar carne de locais que pratiquem abates clandestinos, pois estamos intensificando a fiscalização contra essa prática", destacou. O surto de raiva animal, transmitida por morcegos hematófagos, resultou na morte de 32 animais na região de Guanambi, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). A vacinação antirrábica foi intensificada em bovinos, equinos, caprinos, suínos, cães e gatos nos municípios afetados. A raiva é uma doença grave que afeta o sistema nervoso e pode ser fatal em animais e humanos.
22/10
Wilson Porto