• Estudantes quilombolas de Candiba apresentam projeto de resgate identitário na maior Feira de Ciência e Engenharia do Brasil

    11/03/2020 - 21:00


    CANDIBA

    - Um projeto de pesquisa realizado na comunidade quilombola Lagoa dos Anjos por estudantes quilombolas do Colégio Estadual Antônio Batista, localizado no município de Candiba, é um dos finalistas que irão representar a rede estadual de ensino na 18ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), de 17 a 19 de março, em São Paulo. A partir do projeto, os estudantes montaram um grupo de dança denominado Quilombo dos Anjos e, por meio da expressão corporal, demonstram os saberes e o modo de vida da comunidade onde eles vivem. Outro objetivo é integrar corpo, mente e emoções, aumentando a autoestima dos seus integrantes, além de promover a valorização e o resgate da identidade étnico-racial.

    Foto: Divulgação
    Foto: Divulgação

    O estudante quilombola Bruno da Silva Souza fala da sua alegria de participar do grupo que chega à FEBRACE. “Somos finalistas nada menos que na maior feira de Ciência e Engenharia do país e isto é algo muito importante para nós. Sou orgulhoso de estar dentro de um grupo como este há mais de um ano, contribuindo para levar para a comunidade escolar e para a nossa cidade uma oportunidade de conhecimentos sobre a cultura afro e outras expressões culturais, além de beneficiar os jovens participantes porque saem do sedentarismo, da ociosidade”. A professora orientadora, Claudia Regina, disse que a FEBRACE, na qual são apresentados trabalhos desenvolvidos por estudantes dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico de todo o Brasil, vai receber, por meio deste grupo de dança, um projeto desenvolvido na disciplina de Sociologia. Ela ressaltou que as crianças e jovens quilombolas, por meio do uso performativo da dança, constroem suas singularidades identitárias. “Este grupo de dança nasceu da necessidade de inclusão dos jovens em um contexto social sadio, além da busca de alternativas de lazer prazerosas. O grupo foi criado em 2017, por Carlúcia Alves, então estudante do Ensino Médio, e nasceu de uma forma tímida e, hoje, já tem vários integrantes. Para mim, é muito gratificante ver o seu reconhecimento”, comemorou.

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