• As incertezas nas eleições municipais de 2020

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    Por Mauri Oliveira

    14/12/2019 - 20:26


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    Olá amigo (a) leitor (a)! Estamos a dez meses das eleições municipais. Elas serão de fundamental importância para o futuro do país, visto que espera-se um amplo espaço para a inovação democrática. E as articulações eleitorais já começaram nos 5.570 municípios, que escolherão os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que vão atuar nas casas legislativas.  Segundo o Tribunal Superior Eleitoral mais de 146 milhões de eleitores irão às urnas no dia 4 de outubro, em primeiro turno, e no dia 25 do mesmo mês, em segundo turno. O que podemos esperar desse cenário? Incertezas. Numerosas desinformações, principalmente com as plataformas das redes sociais na internet, a qual prometia libertar a verdade virou um terreno de descrédito e mudança de qualquer evidência em arquivo editável, o que seria uma “engrenagem” fabricada para se comunicar com uma multidão apavorada. Edgard Morim, um dos mais importantes pensadores da França diz que a humanidade deve tomar consciência da incerteza do futuro e enfrentá-la com ideias humanistas de fraternidade. Nesse contexto, um novo jeito de fazer política precisa alvorecer. O principal desafio é planejar o poder político, a começar por territórios, os quais as pessoas vivem por meio da mobilização da cidadania. O propósito é que esses reaproximem do poder de escolhas sobre a própria vida, debatam por uma sociedade mais justa e equitativa, retomem a gestão do que é público e bem comum. Faz-se necessário a atuação nos bairros, especialmente nos mais necessitados, envolvendo os animadores das lutas sociais e ambientais, associações, sindicatos, igrejas e todos que querem mudanças efetivas a vida dos moradores. Um exemplo de propostas afirmativas em Caetité ocorreu em 28 de agosto de 2017, momento em que docentes e estudantes do Instituto de Educação Anísio Teixeira apresentaram na Câmara de Vereadores o “Projeto: Adote um Bairro”, o qual propunha a cada edil acompanhar especificamente um bairro da cidade para ouvir as demandas e necessidades da comunidade. Projeto esse que infelizmente ficou no papel. Não trata-se de estratégias de programas partidários, mas de espaços de fala em defesa dos direitos humanos. O ápice da refundação da política com novos fundamentos e inovações como ateliês legislativos, reuniões populares em que se formulam projetos de lei de maneira democrática e com responsabilidade. E você já imaginou viver em uma cidade colaborativa no âmbito politico? Cidadãos unidos para criar algo novo?  Com certeza um somatório de forças do coletivo. Por fim, as eleições municipais de 2020 são um momento em que a cidadania pode ser um resgate no poder de decisão sobre a qualidade de vida dos munícipes em seus guetos e vai exigir mecanismos efetivos de participação e controle sobre a gestão pública, e novas regras para o funcionamento político. Então só assim podemos enfrentar as incertezas com teimosia otimista de acreditar em um futuro melhor.

    Mauri Oliveira - Acadêmico em Jornalismo da UNIFG / Comunicador da Rádio Educadora FM. Assessor de imprensa do CDS Alto Sertão / Coordenador Diocesano da Pastoral da Comunicação da Diocese de Caetité e Repórter do Site Sudoeste Bahia.

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