POLÍTICA Ao optar por continuar no regime fechado, o petista aposta todas as fichas no STF
Na carta que divulgou nesta segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que não aceita barganhar seus direitos e sua liberdade. Traduzindo: prefere continuar preso a ser transferido para o regime semiaberto, no qual poderia sair da cadeia para trabalhar durante o dia e voltar à noite, para dormir. Como já manifestou em entrevista, Lula também se recusa a ir para a prisão domiciliar usando tornozeleira eletrônica. O sonho de todo preso em regime fechado é obter uma condição mais branda para cumprir a pena. Mas o sonho de Lula é outro: para ele, mais importante que circular pelas ruas é voltar às urnas.Lula está preso desde abril do ano passado porque foi condenado pelo então juiz Sergio Moro no processo sobre o triplex no Guarujá (SP). Em seguida, a condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. Com isso, começou a cumprir pena de prisão e, de quebra, ficou inelegível. A pena de Lula é oito anos, dez meses e 20 dias. Isso faz dele inelegível por todo esse período, mais oito anos. O petista só conseguiria voltar às urnas antes de 2035 se essa condenação fosse anulada – e, claro, se não fosse condenado novamente por um tribunal de segunda instância. Segundo a Lei da Ficha Limpa, ficam inelegíveis políticos condenados em decisão de órgão colegiado “desde a condenação até o transcurso do prazo de oito anos após o cumprimento da pena” por uma lista de crimes – entre eles, lavagem de dinheiro. Em 2035, Lula terá 89 anos.
20/01
carlos henrique