• Nordeste esquece Bolsonaro e estreita relações com empresas chinesas

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    Por Juliana Rodrigues

    30/08/2019 - 13:25


    POLÍTICA

    Estados da região adquirem tecnologia dos orientais, ignorando a pressão do governo americano para que o país passe a barrar investimentos da China

    Enquanto os Estados Unidos pressionam o governo de Jair Bolsonaro para barrar alguns investimentos chineses no país, empresas de tecnologia da China, inclusive as banidas pelo governo americano, aumentam seus laços e suas vendas a governos do Nordeste do Brasil. As informações são da Folha de S. Paulo. As empresas chinesas de tecnologia Huawei, ZTE, Dahua e Hikvision, todas sob algum tipo de embargo americano sob acusação de representarem ameaça à segurança nacional, negociam ou fornecem serviços e produtos no Nordeste. Neste ano, o intercâmbio entre a China e os nove estados nordestinos se intensificou: quatro governadores e dois vice-governadores da região, além de diversos secretários, estiveram no país asiático. Em maio deste ano, o chefe do Executivo baiano, Rui Costa, esteve na China. Os chineses também mandaram inúmeras comitivas para os estados. A Bahia foi um deles. Entre os investimentos previstos, está a compra de sistemas de monitoramento para segurança pública, a exemplo do que já foi feito na Bahia. O sistema de reconhecimento facial usado pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA) é fabricado pela empresa Huawei. Foram investidos mais de R$ 18 milhões.A Dahua, que fabrica câmeras com capacidade de reconhecimento facial e que entrou em agosto na lista de empresas vetadas pelos EUA, já fornece equipamentos para os governos de Pernambuco e Bahia, além de participar de uma licitação do metrô de São Paulo. Outra medida que será lançada em breve pelo grupo Consórcio do Nordeste, formado pelos governos estaduais, é o programa Nordeste Conectado, uma PPP (parceria público-privada) para instalar milhares de quilômetros de fibra ótica e conectar os estados. Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), as empresas Huawei e ZTE estão interessadas no projeto.

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