Já dizia Milton Nascimento, numa canção gravada em 1981 e eternizada pelo Roupa Nova. “O artista tem que ir, aonde o povo está.” Mas, mesmo o artista indo onde o povo está, nem sempre ele é notado, por mais talentoso e incrível que seja. Talvez seja pelo simples fato do nosso país, cada vez mais, esteja perdendo a sua veia cultural e artística, que outrora possuiu em seus momentos áureos e inesquecíveis. Basicamente é o relato do jovem Roberto Teixeira, um desenhista autodidata (ou seja, que aprende sozinho) e traduz, na face de um papel branco, todo o seu sentimento e imaginário. O desenhista abriu as portas da sua casa para a reportagem do Sudoeste Bahia e ele nos recepcionou da maneira mais calorosa e feliz possível, mesmo carregando dentro de si todos os seus traumas e dificuldades que a vida lhe impôs. Assim, Roberto nunca deixou de sonhar em ser um desenhista reconhecido. E hoje, ele o é. Roberto, por entrevista em áudio que você pode conferir no final desta reportagem, nos contou como tudo começou. “Desde quando eu era criança que eu era apaixonado por desenho. Quando eu era criança eu gostava de assistir desenho na televisão. Mas aquilo ainda não era o suficiente para mim, eu queria desenhar também. Eu fui gostando dos desenhos que estava fazendo. Por volta de 8 a 10 anos, eu descobri o desenho realista. E ai, eu me apaixonei de vez e estou ai, até hoje fazendo esse tipo de arte, que é o desenho realista.”
Foto: Willian Silva | Sudoeste Bahia
Perguntado se ele teria feito algum curso para aprimorar o seu trabalho, Teixeira disse que não. “Na verdade, eu aprendi tudo sozinho, observando a imagem. Quando eu descobri o desenho realista, foi através de um colega que desenhou a própria mãe, e ai eu achei lindo aquilo. Mas a minha convivência com ele foi muito pouco. Mas ai eu pratiquei a vida toda, olhando fotografia, e acabei desenvolvendo a técnica do desenho realista.” Roberto nos contou, que houve um momento em que ele pensou em desistir. Certa vez, uma senhora, o perguntou quanto custava o seu trabalho. E ele respondeu quanto custava. A mulher, em tom de raiva, lhe disse que “tomasse vergonha na cara. Como ele podia cobrar aquele valor por uns rabiscos”. Foi o momento que, segundo ele, pensou em desistir e o desmotivou. Mesmo com estes e tantos outros percalços que Roberto já passou, ele está feliz com o atual momento, onde ele teve o tão sonhado reconhecimento pelo seu trabalho, inclusive bastante divulgado nas redes sociais. “O reconhecimento é maravilhoso. Graças a Deus eu tenho amigos que tem me ajudado bastante no incentivo. Teve um tempo atrás que eu pensei em desistir por falta de reconhecimento. Mas, graças a Deus, através desses amigos, tem me ajudado bastante a divulgar os meus trabalhos. As pessoas ao meu redor foram reconhecendo, realmente, a minha arte”. Atualmente, Roberto está desempregado.
Foto: Willian Silva | Sudoeste Bahia
Ele trabalhou como vigilante, porém, a empresa se retirou de Caetité. Com isso, ele passou a se dedicar ao seu ofício de desenho realista. Perguntado se dá para viver deste ofício, segundo ele, dá para viver, porém é algo bem demorado para o desenhista poder colher os frutos. Roberto nos conta que, para produzir um desenho, ele leva de três a quatro dias, dependendo do que será levado ao papel. A impressão é de que ele praticamente fotografa com o lápis, a foto no papel. O que mais impressiona é a fidelidade do desenho, onde ele coloca mais sentimento e emoção em seus desenhos que parecem querer ganhar vida e saltar do papel. O desenhista recebeu o convite da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, para ministrar a primeira Oficina de Desenho que acontecerá entre os dias 11 e 15/02. As inscrições acontecem até sexta-feira (08) na Praça da Juventude e Biblioteca Cézar Zama, em frente ao estádio. Quem se interessar em adquirir um dos trabalhos de Roberto é só entrar em contato pelo telefone (77) 99996-4078. Nós do Sudoeste Bahia parabenizamos a este artista, filho de Caetité, pela sua determinação! Ouça a entrevista.
Infelizmente as promessas boas dos politicos é só pra ganhar as eleições depois "Jesus",a prefeitura de Caetité vai começar a aplicar multas e o povo coitado não tem nem o q comer. Leia Mais
09/03
Luciano Dias
A situação pede atenção especial da prefeitura. Murisocas e mau cheiro ta demais. Essa situação já chegou no limite. Prefeito Valtecio olhe por nós e resolva a situação. Leia Mais
08/03
Rogerio Marcio
EM CAETITÉ PARECE QUE O ISOLAMENTO SO VALE PRA ALGUNS SETORES. TODAS AS OFICINAS E CASAS DE PEÇAS ABERTAS E FUNCIONANDO LIVREMENTE. MECANICOS E FUNCIONARIOS TODOS SEM MARCARA. A VIGILANCIA SÓ ATUAR... Leia Mais
05/03
Andressa Silva
Olha a situação que se encontra o Rio do Alegre, uma vergonha total, uma carniça para nós moradores termos que suportar diariamente. Fonte de produção de murisocas e mosquitos da dengue. Se brincar... Leia Mais
20/01
carlos henrique