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- Que a Chapada Diamantina, na Bahia, é considerada uma região cheia de encantos em razão de suas cachoeiras, poços e paisagens, que atraem turistas do mundo inteiro, isso não resta dúvida. Mas o que também chama atenção na composição geográfica do paraíso tropical é a diversidade de animais, com destaque para o beija-flor ‘gravatinha’ ou  beija-flor-de-gravata-vermelha. Considerado raro, o beija-flor com gravata, de nome científico Augastes lumachella, tem atraído visitantes para a região, que querem fazer um registro do ser gracioso, além de cientistas, biólogos e amantes de aves. Foi o caso do fotógrafo Luiz Carlos da Costa Ribenboim, autor do livro “Beija-flores do Brasil”, lançado em 2018, que em entrevista dada ao G1, descreveu que dada à beleza do animal, não acreditava que existia. “Achei tão lindo que lembro que custei a acreditar que era de verdade”, admirou. Na mesma entrevista, Luiz Carlos conta que tomou contato com o gravatinha em Lençóis, e que teve de esperar dois dias para realizar um registro fotográfico. “Tinha um ponto bom para ver o gravatinha e ficamos por lá durante dois dias. Fiz algumas fotos legais e, claro, fiquei com um gostinho de quero mais”, descreveu. Em sua passagem pela Chapada, desta vez em Mucugê,  Ribenboim ficou tão encantado, que produziu um folder com mais de 800 fotografias e entregou à comunidade local. Quem também se apaixonou pelo charme do colibri de gravata rubra foi a bióloga brasiliense Cristine Prates, que atualmente mora na Chapada Diamantina, e descreve o morador ilustre como sociável. “Diferentemente de outras espécies que não costumam ter muito contato com as pessoas e voam logo para elas não chegarem perto, o beija-flor-de-gravata-vermelha deixa que se aproximem e tirem fotos. Então, ele faz bastante sucesso”, disse a bióloga ao Ecoa, do site UOL, autora da belíssima imagem que ilustra esta matéria, e a única guia de observação de aves na Chapada Diamantina. O beija-flor-de-gravata-vermelha mede entre 9cm e 10cm, tem o bico curto e reto, de cor esverdeada e extremamente brilhante. Os machos se destacam pela testa e bochecha preta, enquanto as fêmeas possuem a face acinzentada e rosto marrom. Este tipo de espécie se alimenta de néctar das flores, em especial a calliandra.