• Região: Banco é condenado a indenizar em R$ 30 mil funcionária com albinismo na Bahia

    Foto: Secom | TRT5-BA Foto: Secom | TRT5-BA
    Por Juliana Rodrigues

    25/10/2023 - 09:15


    Bancaria teve sua deficiência visual desconsiderada pela empresa

    SUDOESTE DA BAHIA

    - A Justiça do Trabalho decidiu que uma bancária com albinismo deve receber indenização no valor de R$ 30 mil de uma agência bancária da cidade de Itapetinga, na região sudoeste da Bahia, por exercer uma atividade incompatível com a deficiência visual que ela apresentava. Conforme o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), a profissional foi designada para lidar com documentos que exigiam a leitura de letras e números em tamanho pequeno, e era cobrada por sua baixa produtividade. A decisão cabe recurso. A bancária relatou à Justiça Federal que mesmo ciente de sua limitação, o Bradesco a colocou para auxiliar clientes no autoatendimento, em função que exigia dela a verificação de documentos pessoais e bancários, bem como o acesso aos sistemas do caixa rápido, todos com letras e números pequenos. Devido a dificuldade de enxergar, a mulher pedia ajuda de colegas, resultando em demoras no atendimento. Como consequência, o chefe a pressionava excessivamente quanto à produtividade e a comparava aos outros funcionários. A Justiça Federal informou que as cobranças frequentes e o desconforto gerado levaram a bancária a buscar tratamento psiquiátrico, com uso de medicamentos antidepressivos. O juiz Antônio Souza Lemos Jr., da Vara do Trabalho de Itapetinga, concluiu que a agência bancária ignorou a deficiência da empregada ao atribuir a ela uma função inadequada e não inclusiva, sem fornecer os meios de acessibilidade necessários. O magistrado considerou que a instituição financeira não apenas desrespeitou a lei, mas também exigiu que a bancária produzisse em níveis iguais aos de colegas sem deficiência. Procurado pela imprensa, o Bradesco informou que não comenta casos sub judice, ou seja, em trâmite judicial.

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