• Prefeitura de Guanambi contrata empresa "sem sede" e aberta há 2 meses; proprietário trabalha em rádio do prefeito

    Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia
    05/02/2023 - 10:00


    A empresa está localizada em um galpão desativado no Centro da cidade

    GUANAMBI

    - A Secretaria de Educação de Guanambi, publicou na edição do Diário Oficial da última quinta-feira (2), uma dispensa de licitação no valor de R$ 71.121,60 para a realização de uma Jornada Pedagógica virtual. A autorização para a publicação foi feita pela atual secretária Edésia Aparecida Lisboa. As informações são do site Achei Sudoeste. De acordo com a publicação, a empresa Publicom Publicidade Legal e Publicidade Ltda, contratada pela prefeitura, foi aberta recentemente, em 29 de novembro do ano passado, ou seja, com pouco mais de dois meses de atividade e sua sede está localizada, de acordo dados da internet, em um galpão desativado na Rua Gustavo Bezerra no Centro de Guanambi, onde funcionava um curso de informática. A empresa pertence ao radialista conhecido como Jó Oliveira, que trabalha na Rádio Cultura FM há muitos anos, emissora que é de propriedade do prefeito de Guanambi, Nilo Coelho (União Brasil). O empresário já tinha também, sido agraciado em junho do ano passado, com uma outra dispensa de licitação, desta vez, no valor de R$ 58.300,00, mas com uma outra empresa de sua propriedade, a Bis Comunicação, conforme documentação que a reportagem teve acesso. Ao todo, em pouco mais de sete meses, as duas dispensas de licitação, com as duas empresas que pertencem ao radialista, somam a cifra de R$ 129 mil. Em sua defesa, o empresário e radialista Jó Oliveira declarou que maldosamente estão misturando os contratos de duas empresas de propriedade dele, sendo contratos oriundos de diferentes secretarias, fruto de dispensa de licitação, realizadas pela Prefeitura de Guanambi em duas situações. A primeira, em junho do ano passado, para divulgação da campanha do IPTU no valor de R$ 58 mil. O caso está repercutindo muito negativamente entre os educadores da cidade e nas redes sociais e deve ser fruto de denúncia para apuração do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

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