Normalmente, a incubação é seguida de um período chamado de prodrômico, quando o paciente apresenta um conjunto precoce de sintomas, como febre, sudorese (suor), dor de cabeça, mialgia (dor muscular) e fadiga. Cerca de 1 a 3 dias após o aparecimento da febre, surgem as erupções cutâneas. A orientação dos especialistas é que, ao perceber uma erupção cutânea, a pessoa busque teste, em laboratórios privados ou em unidades de saúde públicas. Às vezes, as lesões lembram espinhas e pelos encravados. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil indica apenas testes de biologia molecular para diagnóstico da doença. A análise é feita de amostras das feridas coletadas por swab (bastão). Caso o resultado seja positivo, a recomendação do Ministério da Saúde é de que o paciente se mantenha em isolamento até o desaparecimento das lesões. A casca da ferida deve ter caído e a reepitelização (“nascimento” de pele “nova”), ocorrido. A principal forma de transmissão da doença no atual surto, por ora, parece ser o contato físico íntimo, pele com pele, com a lesão. De acordo com o CDC, os sintomas da doença podem incluir, além das erupções, febre, dor de cabeça, dores musculares e dores nas costas, linfonodos inchados, arrepios, exaustão e manifestações respiratórios (por exemplo, congestão nasal ou tosse). Na maioria dos casos, eles desaparecem por conta própria dentro de 2 a 4 semanas (doença autolimitada). Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos é leve e pode ser tratada em casa. Os especialistas ouvidos pelo Estadão indicam que essas pessoas precisam ser acompanhadas por profissionais de saúde e ter uma série de cuidados. Isolamento de pets e familiares - Quando tratada em casa, a indicação é de que a pessoa fique isolada de familiares e também de pets, especificamente mamíferos. O afastamento dos animais de estimação é uma precaução. Isso porque qualquer mamífero, conforme o CDC, pode ser infectado pela doença, no entanto, ainda não se sabe se humanos podem infectar animais. Os especialistas temem que a doença encontre um hospedeiro animal fora da África. “Se isso for possível, nós teremos grande dificuldade de controle”, alerta a infectologista Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Cuidados com as lesões - Para evitar a propagação do vírus e o espalhamento das feridas alguns cuidados, como não coçar as lesões e não depilar as áreas do corpo cobertas por elas, são necessários. Por isso, a higienização frequente das mãos é recomendada. “Tem que manusear com cuidado e fazer uma boa higiene das mãos, das unhas, enfim, evitar que as lesões possam se espalhar ainda mais”, orienta Spilki.
20/01
carlos henrique