• Há culpados pelas 500 mil mortes e eles serão punidos, dizem membros da CPI da Covid

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    Por Juliana Rodrigues

    20/06/2021 - 07:00


    Nota de membros da comissão diz que crimes contra a humanidade, morticínios e genocídios não se apagam

    POLÍTICA

    - Uma nota divulgada por integrantes da CPI da Covid na tarde de sábado (19) lamenta a marca de 500 mil mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus no Brasil e diz que há culpados por essa situação. “No que depender da CPI, serão punidos exemplarmente”, diz trecho do texto. No documento, os senadores ainda sugerem que os óbitos representam um crime contra a humanidade, morticínio e genocídio. Embora não cite nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, cita erros, omissões, desprezos e deboches. A palavra “deboche” foi usada em diversos momentos pelos integrantes do colegiado, em particular pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) para descrever algumas falas do presidente a respeito da pandemia. “Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente”, afirma a nota. “Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem. Eles se eternizam e, antes da justiça Divina, eles se encontrarão com a justiça dos homens”, completa a nota. O texto é subscrito por sete dos onze senadores titulares da comissão, além de três dos sete suplentes. Assinam, por exemplo, a cúpula da comissão, formada pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM), Renan e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A nota também afirma que esse sábado é uma data “dolorosamente trágica” e transmite os mais profundos sentimentos ao país e aos familiares dos mortos.

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