Sudoeste Notícias

- Assim como no Brasil, o mês de março foi o mais letal da Covid-19, na cidade de Brumado. Ao todo, foram 61 mortes. No início do mês passado, no dia 01, o número de óbitos pela doença era de 62. Durante os 31 dias de março, o total de mortes saltou para 123, ou seja, quase que o dobro, desde o registro do meu primeiro caso de Covid-19 no município, ocorrido em 23 de março do ano passado. O cenário brumadense da pandemia é considerado um dos mais alarmantes da Região Sudoeste. A título de comparação, quando se leva em consideração o contingente populacional de Brumado, que de acordo com último levantamento do IBGE, é de 67 mil habitantes, 7.056 brumadenses foram infectados pela doença, o que em termos percentuais equivale 10,5% da população, bem maior que a média nacional que é de aproximadamente 6%. Verônica Gomes, de 23 anos, é estudante de fisioterapia, na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais (MG), mas está em Brumado por conta da família. Verônica afirma que a quantidade de casos da doença em Brumado é fruto de uma população displicente aliado a um poder público omisso. “O que é visto nas ruas de Brumado, não é visto em nenhum um lugar do mundo. Pessoas sem máscaras, aglomeradas em calçadas, bares que continuam abertos, sem contar na quantidade de festas clandestinas que acontecem todo dia. Soma-se a isso, a uma gestão municipal que nada faz, não adota uma medida mais dura, e a falta de fiscalização corre solta. Onde se já se viu, por exemplo, secretário de Saúde (Claudio Feres), defender tratamento precoce? Só mesmo aqui em Brumado. O prefeito (Eduardo Vasconcelos-PSB) também defende soluções mágicas. Eles jogam a culpa na população, quando na verdade não cumprem o papel que uma gestão tem que cumprir. O fim, é este cenário que estamos assistindo”, disse a estudante. Em Brumado, conforme boletim epidemiológico de ontem (31), 758 pessoas estão com o vírus em potencial de contágio (casos ativos), dos quais 52 estão hospitalizados.