• Quatro vacinas e muitas dúvidas: a população brasileira ainda não sabe com qual vacina e nem quando vai se vacinar

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    Por Tiago Rego | Sudoeste Bahia

    16/12/2020 - 17:30


    No entanto, mesmo diante de tantas informações acerca das vacinas, na contramão de muitos países que já estão vislumbrando o fim da pandemia, o Brasil ainda não sabe se vive a primeira ou se de fato entrou na segunda onda

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    - Enquanto que alguns países já começaram a vacinar seus cidadãos, no Brasil, a população brasileira não sabe quando vai começar a se vacinar e nem sequer qual a vacina receberá. O Ministério da Saúde, que já teve dois ministros demitidos, gerido pelo militar Eduardo Pazuello, ainda não dispõe de um planejamento convincente em relação a uma logística de imunização. E quando se trata de vacina, atualmente, estão praticamente prontas, a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, a vacina da Pfizer, dos Estados Unidos em parceria com a empresa alemã Biontech, a vacina de Oxford, do Reino Unido, desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e, finalmente, a Sputnik V, do Instituto Gamaleya, na Rússia. Cada vacina possui um princípio biológico de atuação e uma forma diferente de ser conservada. Daí, o grande desafio brasileiro, já que o país possui dimensões continentais e, por isso, muitas localidades são de difícil acesso. A vacina da Pfizer, por exemplo, precisa ser armazenada a uma temperatura de -70 º C, pois a atuação imunizante se baseia em molécula de RNA (ácido ribonucleico) e tem eficácia de 95%. Já a vacina russa Sputnik V deve ser conservada a -18 ºC e  utiliza anticorpos como princípio imunizante, e tem eficácia comprovada de 91%. A CoronaVac, pretendida pelo Governo de São Paulo, precisa ser conservada a uma temperatura entre 2 a 8 ° C, e com eficácia de 97%, é uma das mais promissoras. Por último, a vacina de Oxford, a preferida do Governo Federal, se mostrou eficaz em 70% dos testes. Com técnicas biológicas diferentes, com necessidades de conservação diferentes, as quatro vacinas convergem em único ponto: elas precisam de mais de uma dose para para garantia de proteção ao vacinado. No entanto, mesmo diante de tantas informações acerca das vacinas, na contramão de muitos países que já estão vislumbrando o fim da pandemia, o Brasil ainda não sabe se vive a primeira ou se de fato entrou na segunda onda.

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