• Toda a manifestação dos policiais na Bahia tem claros contornos políticos

    Diante do governo petista de Jaques Wagner, PSDB e PSB tentam enfraquecer a administração. Diante do governo petista de Jaques Wagner, PSDB e PSB tentam enfraquecer a administração.
    19/04/2014 - 08:19


    Estado

    A paralisação dos policiais militares da Bahia vai ganhando contornos cada vez mais políticos. Os dois principais líderes do movimento grevista no Estado são do PSDB e do PSB, que juntos pressionam o governo petista de Jaques Wagner. A situação das grandes cidades baianas está bem crítica. Explodiu a onda de violência com índices assustadores de homicídios. Mesmo após fechar um acordo com o governador Wagner e depois de decisão judicial que determinou o fim da greve, a categoria agora optou pelo aquartelamento, como represália à prisão do líder do movimento, o vereador tucano Marcos Prisco. Enquanto isso, o deputado estadual Capitão Tadeu, do PSB, busca assumir a liderança do movimento. Toda a manifestação dos policiais na Bahia tem claros contornos políticos. Diante do governo petista de Jaques Wagner, PSDB e PSB tentam enfraquecer a administração a menos de seis meses para a eleição. Com a prisão de Marcos Prisco, decidida pela Polícia Federal por causa do movimento grevista de 2012 (e não por causa dos atos desta semana), o deputado socialista emitiu nota de repúdio que demonstra a forte conotação política-eleitoral das manifestações.

    A tropa ouviu o pedido de Tadeu e durante a madrugada deste sábado (19) decidiu pelo aquartelamento. O comando da PM no Estado ainda não tem dimensão do aquartelamento das tropas, mas confirmou registros "em maior ou menor escala" pelo Estado, inclusive nas duas maiores cidades, Salvador e Feira de Santana. A opção pelo aquartelamento tem cunho meramente político, uma vez que o governo atendeu as principais reivindicações da categoria, como reconheceu o vereador Prisco, antes de ser preso. “Quase todas as reivindicações foram atendidas”, disse ele. De mesmo modo, O pedido da prisão dele não partiu do governo, mas sim do Ministério Público Federal da Bahia. No ano passado, o MPF/BA denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados contra a segurança nacional durante a greve da PM, ocorrida em 2012. De acordo com o Ministério Público, os denunciados, entre vereadores, soldados e cabos da PM, auferiram com a greve lucros políticos nas eleições municipais. Com as manifestações de agora, PSDB e PSB buscam os mesmos dividendos políticos, só que agora com as eleições estaduais. Como é processado por crime político grave pelo MPF, qualquer recurso contra a prisão de Prisco somente pode ser ajuizado no Supremo Tribunal Federal. 

    CONTINUE LENDO

MAIS NOTÍCIAS