• Comemoração pelo nascimento de Anísio Teixeira aconteceu em Caetité

    Foto | Willian Silva - Sudoeste Bahia Foto | Willian Silva - Sudoeste Bahia
    Por Willian Silva

    12/07/2019 - 12:16


    CAETITÉ

    A Casa Anísio Teixeira em Caetité (CAT), em parceria com a Fundação Anísio Teixeira, Instituto de Ação Social pela Música (IASPM) e as Escolas Culturais realizaram durante o dia desta sexta-feira (12) diversas intervenções artísticas e culturais, bem como de memória na casa onde nasceu o educador e professor, Anísio Teixeira. Durante o dia foram realizadas atividades e apresentações como o do coral infantil do Conservatório de Música da CAT, visita guiada pela CAT, que possui um museu dedicado à família de Anísio Teixeira com peças como cama, fotografias, pinturas a óleo dos familiares do professor. Já no Cine Teatro anexo a casa, aconteceu uma roda de conversa que debateu o legado deixado por Teixeira, que é considerado o “pai da cidadania” por defender uma escola democrática e acessível para todos e que, de fato, formasse cidadãos conscientes do se dever também democrático.

    Foto: Willian Silva | Sudoeste Bahia
    Foto: Willian Silva | Sudoeste Bahia

    Anísio estaria preocupado com a atual situação do país, diz ator

    Em entrevista concedida ao Sudoeste Bahia, o ator Fernando “Nando” Dias, um dos mais ativos colaboradores da CAT ressalta a importância da CAT, fundada em 1998 após união de diversos setores da sociedade caetiteense para a restauração da casa natal do educador, em ser um centro preservação da memória com um olhar para o futuro. Segundo Dias, a casa tem importância significativa quanto na sua inserção na cultura de Caetité. “A casa se insere, hoje, na comunidade de Caetité como algo que não é algo só de Caetité, claro, por conta das suas dimensões e pelo alcance do seu trabalho”. Nando ainda ressalta que o município deve se orgulhar de possuir uma estrutura como a da CAT, que não é encontrada nos grandes centros como Vitória da Conquista ou Montes Claros, no norte mineiro.  Um ponto apontado por Fernando é a questão administrativa e de logística da Casa. “O nosso trabalho não é descontinuado. Por exemplo, não há intervalo de  dois em dois anos ou de quatro em quatro anos. Não há essa mudança de gestão para que se mude ou se perca alguma coisa.” O artista ainda ressalta que o trabalho da CAT é feito a quatro mãos, ou seja uma participação coletiva de todos que colaboram na casa. Perguntado sobre o que Anísio, caso vivo estivesse, acharia do trabalho feito pela CAT e se seria uma adoção do pensamento do educador como algo democrático e diferenciado, Fernando assinala que “essa formação de indivíduos que ele colocava, formava indivíduos muito mais sensíveis para lidar com a sociedade lá fora. Indivíduos capazes de conviver com as diferenças, indivíduos capazes de lidar com as diferenças que aparecessem. Eu creio que ele estaria feliz com a casa, mas também preocupado com tudo que está acontecendo no entorno e com o que está acontecendo no país.” Ouça aqui a entrevista completa.

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