• Malhada: suspeitos de estuprar e matar menina no distrito de Canabrava relatam suas versões

    Foto: Reprodução | Alerta Bahia Foto: Reprodução | Alerta Bahia
    18/04/2018 - 09:13


    CASO DE POLICIA

    No último dia 23 de março, Iara da Paixão Souza, 11 anos de idade, foi encontrada bastante ferida dentro de um buraco, no Riacho de ‘Tindão’, distrito de Canabrava, município de Malhada. Ela teve traumatismo craniano foi socorrida e encaminhada em estado grave para o Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI), no Hospital Regional de Guanambi (HRG), mas não resistiu aos ferimentos e morreu após permanecer cinco dias internada. No resultado da perícia, um laudo do Departamento de Polícia Técnica da 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior de Guanambi (22ª Coorpin) constatou, ainda, que houve estupro. Diante do caso, a Polícia Civil do município de Carinhanha ouviu o depoimento de suspeitos de participação no crime, seis pessoas já foram interrogadas e o site Alerta Bahia entrevistou dois dos principais suspeitos do caso, Joaquim da Silva e um menor de idade (com autorização de um familiar responsável falou com a equipe). Confira trechos da entrevista. Joaquim da Silva - “Não tenho crime algum sobre minha ficha, veja bem, jogaram sobre mim os olhares da comunidade, me maquiaram como um monstro, é isso o que muita gente está achando de mim, eu corro perigo, não durmo, tenho para mim que a qualquer momento alguém vai entrar e me matar achando que sou o criminoso, tenho família, os vizinhos me conhecem, depois que me apontaram como suspeito, a Polícia Militar já veio aqui, as polícias pegaram meus documento e puxaram minha ficha, passei todas as informações sobre mim e por onde já trabalhei, tiraram minha foto e enviaram para todos os estados, se caso eu tivesse crimes ou mandados, já tinham encontrado e me prendido. Nunca abusei de ninguém e não tinha motivos para fazer isso, estou aqui, sempre estarei à disposição da justiça para qualquer esclarecimento, é difícil de mais para mim, só ainda não enlouqueci porque me apego a Deus, é muito joelho no chão para suportar isso, ser acusado por algo que você não fez e ter uma parte da comunidade acreditando que você é um monstro dói demais”, disse.  Menor de idade - “Eu estava aqui em casa terminei o que tinha de fazer peguei minha bicicleta e fui pra escola como sempre fiz, e quando cheguei próximo ouvi os gemidos dela, olhei e a vi, foi então que voltei para pedir ajuda”, disse. O site questionou ao menor do por que ele não pedir ajuda nas residências mais próximas do local e, segundo ele, só pediu ajuda mais distante porque foi o único lugar que ele avistou alguém. O menor disse que a menina tinha ido a sua casa encher o pneu da bicicleta, e que, após ela ir sentido a escola, ele também foi. O inquérito que apura o crime deverá ser concluído nos próximos dias.

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