Aqueles que conquistaram o tão almejado cargo eletivo, agora se esquecem dos compromissos de campanhas assumidos durante a peleja eleitoral - com raríssimas exceções -, focando apenas seus locupletamentos, de uma ou de outra forma, contribuindo, mais e mais, para aumentar o fosso social, piorando e degradando a vida dos munícipes, principalmente dos menos aquinhoados, levando-os à completa desilusão. Lamentavelmente, as festas jamais são esquecidas, aproveitando-se da massa ignara e moldável, tal qual sucedia no soerguimento do Império Romano, à base do pão e do circo, para o esquecimento dos problemas.
É nesse contexto caótico que as polícias do Brasil são chamadas a atuar! É como se aqui estivéssemos para apagar a conturbada chama social, contendo os miseráveis que se imiscuíram no mundo do crime - muitos dos quais, se lhes fossem dadas maiores oportunidades e inclusão social, jamais se permitiriam à empreitada ilícita. Até quando, Brasil? Dia virá - e os sinais já são visíveis - em que o meio político não mais abrirá espaço para os aproveitadores e embusteiros, cedendo lugar somente para homens íntegros, sérios e responsáveis, que conduzirão uma gestão pública voltada efetivamente para solver os inúmeros problemas sociais das cidades brasileiras, diminuindo o fosso social acima referido, via de consequência amenizando os inúmeros conflitos, concorrendo para o equilíbrio, a paz e a harmonia social, oportunizando um trabalho diferenciado das suas polícias.
* Irlando Lino Magalhães Oliveira é Oficial da Polícia Militar da Bahia, no posto de Tenente-Coronel do QOPM, atual Comandante do 14º BPM/Santo Antônio de Jesus, e Especialista em Gestão da Segurança Pública e Direitos Humanos.
20/01
carlos henrique