Sudoeste Notícias

O Flamengo de Guanambi, time que se destacou no cenário baiano e nacional de futebol, está em crise financeira e pode passar por sérias mudanças, especula-se, inclusive, que o grupo possa ficar sem presidente, trocar o nome e mudar de cidade. Em entrevista ao Bahia Notícias o presidente do time, Washington Lucas falou sobre a atual situação. “Se a cidade não abraçar a causa, realmente estou a um passo de sair da presidência. Isso pode acontecer. Não posso descartar isso. Um cidadão sozinho segurar isso é complicado. Futebol é feito com planejamento, para fazer algo profissional. Se o clube sair daqui, vai ser repassado definitivamente e não voltará mais pra cá. Tomara que isso não aconteça. Não é descartado. Há grandes possibilidades de sair daqui e mudar de nome. Não quero que isso aconteça, mas está difícil. Podemos levar clubes para outras cidades. Se Guanambi não quer, outra cidade quer. Um clube divulga outra cidade. A cidade foi muito divulgada e falada nos quatro cantos do estado”, ressaltou o presidente. 

Em entrevista ao Sudoeste Bahia, o ex- Secretário de Cultura Esporte e Lazer de Guanambi, Victor Boa Sorte, explicou que quando secretário em 2015 participou diretamente da campanha de ascensão do Clube a primeira divisão. “O investimento nosso (Poder Público) naquele ano foram os pequenos ajustes no estádio, R$70mil reais em forma de convênio celebrado entre Prefeitura e Clube aprovado pelo legislativo por unanimidade e cedemos toda bilheteria do estádio para o time. Enfim, tivemos o acesso premiado com o título da 2ª divisão. Em 2016, o investimento foi milionário, uma vez que a reforma custou aos cofres do executivo municipal mais de R$ 960mil r ainda buscamos junto à Sudesb e Governo do Estado cerca de 500 mil reais para troca do gramado e construção dos novos vestiários”, explicou. Ele ainda acrescentou que “sabemos que um campeonato como este demanda um investimento enorme por parte das equipes, calculo cerca de R$700mil por edição da série A do Baianão para disputar em condições de competitividade. No entanto, não existe possibilidade do poder público arcar com todo o gasto, mas sim com uma parte em forma de apoio. Esta parte deverá ser renovada por parte do futuro prefeito Jairo Magalhães, cabe o clube correr atrás dos demais patrocinadores”, explicou.

O ex-secretário falou ainda da participação do setor privado como apoio. “As empresas do município não tem como arcar com este custo em sua totalidade também. Por isso é preciso planejamento, projetos que busquem apoio de empresas de grande porte, mesmo que através de verba cooperada para as empresas Guanambienses. Torço para que haja uma solução e que o time permaneça por aqui. O momento financeiro é ruim, mas ainda a tempo de buscar parceiros”, disse Victor Boa Sorte. Sétimo colocado no Campeonato Baiano 2016, o Flamengo de Guanambi, não participa de nenhuma competição profissional, e espera o início do estadual, em 2017.