Sudoeste Notícias

- O advogado de defesa do suspeito de atirar em um policial militar em Lagoa Real, no sudoeste da Bahia, contestou a versão apresentada pela Polícia Militar e afirmou que o policial foi atingido após uma invasão ilegal de residência. Juscilei Ramos da Silva, em entrevista ao site 97 News, afirmou que possui imagens que comprovam um diálogo amistoso entre o policial à paisana e o seu cliente, antes do início da confusão. Segundo o advogado, após receber uma coronhada na cabeça, o suspeito foi agredido por outros policiais em sua residência, onde também foi agredida sua esposa. "Espancaram tanto o rapaz, quanto a esposa, como estavam embriagados [acusado e policial] ocorreu o disparo, mas não por parte do nosso cliente, até porque ele não tem arma, e a arma é de uso restrito e registrada tem o nome do dono da arma que posteriormente será elucidado com mais clareza", disse.

De acordo com o advogado, nesta quinta-feira (11), ele vai pedir o relaxamento da prisão de J.S.O. "A gente pediu o relaxamento da prisão, primeiro que se ele tivesse cometido algum crime, já estaria errado o tratamento dado ao suposto criminoso. Para, além disso, a gente já pediria o relaxamento pela ilegalidade da prisão, que segundo eles foi em flagrante. Mas flagrante que acontece num dia e prende no outro. E mais ainda viu, os policiais chegaram em Caetité com o acusado as 05h da manhã do domingo, quer dizer, pegou o rapaz na casa dos pais por volta de meia noite... e de Lagoa Real a Caetité são 60 km, se a gente colocar que durou muito esta viagem uma hora da manhã já deveriam ter chegado na Delegacia de Caetité, mas eles entregaram meu cliente às 05h da manhã e, a gente investiga o que fizeram com este rapaz nesse trajeto", disse o advogado. Ele ainda garantiu que existem provas materiais suficientes para desvendar o caso e que todos os envolvidos serão responsabilizados. Em nota,o comandante da 94ª Companhia Independente de Polícia Militar afirmou que haverá apuração dos fatos para que a justiça seja alcançada.