• Matemática segue sendo o maior desafio para os estudantes do sudoeste baiano que vão prestar o Enem

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    Por Tiago Rego | Sudoeste Bahia

    04/12/2020 - 14:00


    E como existe esse estigma que a matemática é difícil, os estudantes acabam que, ainda que inconscientemente, desistindo da matéria. É por isso, que muitos não prestam atenção na explicação na sala de aula e, por isso, acabam tendo um desempenho abaixo do esperado

    EDUCAÇÃO

    - A linguagem dos números segue sendo o maior desafio dos estudantes dos estudantes do sudoeste baiano que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano de 2021. Para os candidatos, ter um bom desempenho na disciplina é fundamental para se conseguir uma vaga em uma instituição pública de ensino. Porém, segundo relatos de estudantes, ter domínio do conteúdo programático, que inclui áreas como análise combinatória, função exponencial e logarítmica, além da temida trigonometria, para eles, é mais do que uma relação de afinidade com a disciplina, é um grande desafio. E para esclarecer sobre o tema, a reportagem do site Sudoeste Bahia entrou em contato com o professor de matemática Guilherme Almeida, que ensina em uma escola particular de Vitória da Conquista. Guilherme afirma que o que mais prejudica o aluno a dominar a disciplina é o medo que eles têm da matemática. “Eu ensino matemática há mais de 15 anos. E o que eu sinto nos meus alunos é um certo nervosismo, um certo medo quando se deparam com a matéria. Eu já presenciei casos de estudantes desmaiarem em sala de aula, principalmente, na hora da prova. E como existe esse estigma que a matemática é difícil, os estudantes acabam que, ainda que inconscientemente, desistindo da matéria. É por isso, que muitos não prestam atenção na explicação na sala de aula e, por isso, acabam tendo um desempenho abaixo do esperado”, conta Guilherme. O professor revela que para reverter o quadro é preciso, sim, força de vontade e, esta por sua vez, deve está associada a um descondicionamento em relação a experiência com a disciplina, uma mudança de mentalidade. “Em primeiro lugar, o estudante deve trabalhar a mente e acreditar que é possível dominar o conteúdo e os assuntos que são postos. É preciso encarar a matemática como algo simples, sem medo e sem bloqueios. É preciso desmistificar, principalmente. Se o estudante começar a estudar matemática achando que não vai aprender, aí ele não aprende mesmo”, explicou. Guilherme disse ainda que matemática é, acima de tudo, prática. “É preciso dedicar um tempo de sua vida com ela. É claro que esse tempo varia de pessoa para pessoa. O que se recomenda é estudar entre 4 a 6 horas semanais. Outro aspecto importante diz respeito em aliar o aprendizado da teoria com a realização de exercícios. O estudante deve praticar bastante, resolver problemas com diversas formas de abordagens, além, é claro, de esclarecer as dúvidas. É preciso tirar as dúvidas sempre, seja com um professor, com um tutorial disponível na internet ou com um amigo que domina a matéria”, recomenda Almeida. 
    Gustavo Ribeiro, estudante de 20 anos, da cidade de Brumado,  vai tentar uma vaga no curso de medicina. Ele conta que a matéria que ele mais se dedicou neste ano de preparação foi exatamente matemática. “Eu coloquei na minha cabeça: ou eu aprendo matemática ou eu não conseguirei realizar meu sonho que é entrar para o curso de medicina em uma universidade pública. Já fiz o Enem duas vezes, e só não entrei para o curso porque fiz uma prova de matemática bem abaixo da média que é exigida”, contou o estudante. Caso semelhante vive a estudante Lara Cotinguiba, de 19 anos, da cidade de Livramento de Nossa Senhora. Lara quer cursar odontologia e, para tal, ter um bom desempenho na prova de matemática pode lhe render a tão sonhada vaga em uma universidade pública. “ Eu estudo através de plataformas online todo o conteúdo programático do Enem. Eu sinto que evoluí bastante, que hoje sou competitiva, pois sou bastante disciplinada quando se trata dos meus estudos. Mas minha relação com a matemática nunca foi das melhores, por isso, contratei um professor particular, que me dá aula duas vezes por semana. Com ele me ensinando, me passando o ponto de vista que ele tem, comecei a abrir minha mente para a disciplina. Percebi também que para aprender a  matéria é preciso compreendê-la, é preciso trabalhar com uma linguagem mais fácil, que não se encontra nos livros, com exemplos do cotidiano, é preciso explicar de forma mais simples e menos técnica. E é exatamente isso que meu professor particular está passando para mim”, destacou a estudante. Para as áreas pretendidas tanto por Guilherme, como por Lara, matemática tem peso 2 da escla que chega até 3.

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