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Presidente teria relatado a assessores mais próximos que o ministro "anda muito esquisito"

O presidente da República, Jair Bolsonaro, desconfia do ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro na investigação contra o filho Flávio Bolsonaro. A informação é da coluna de Tales Faria, do UOL. Bolsonaro teria relatado a assessores mais próximos que seu ministro da Justiça, Sergio Moro, "anda muito esquisito". Para ele, ou o ex-juiz perdeu o controle da Polícia Federal (PF) ou estaria "fazendo corpo mole". O presidente ainda tem atribuído a "uma armação" do governador Wilson Witzel (PSC), o cerco do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) às movimentações suspeitas de recursos de Flávio. Bolsonaro está absolutamente irritado com as operações realizadas pelo MP-RJ em endereços ligados à sua ex-mulher Ana Cristina Siquera Valle, o filho Flávio, o assessor e ex-policial Fabrício Queiroz e outros parentes e assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Conforme a coluna, as desconfianças do presidente sobre Moro e Witzel têm em comum um mesmo cenário: as eleições presidenciais de 2022. Witzel já se declarou interessado em concorrer e passou a ser tratado como um adversário pelo presidente. Apesar de Moro não ter afirmado explicitamente o desejo de participar da disputa eleitoral, ele tem popularidade maior do que a do presidente da República, segundo as pesquisas. No Planalto, já é esperada a filiação de Moro ao Podemos, partido do senador Álvaro Dias (PR), com quem o ex-juiz tem afinidade. Apesar da desconfiança, os auxiliares de Bolsonaro avaliam que não é hora de "passar recibo", mas deixar o ministro sob monitoramento constante.