• Crise financeira ameaça atendimento oncológico na Unacon de Caetité

    Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia
    Por Redação Sudoeste Bahia

    02/02/2025 - 13:30


    Atrasos em repasses, denúncias de problemas na administração e salários atrasados colocam em risco serviços para pacientes da região

    CAETITÉ

    - A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) de Caetité, referência no tratamento contra o câncer para mais de 40 municípios do sudoeste baiano, enfrenta uma crise financeira que ameaça a continuidade dos atendimentos. O impasse envolve a Prefeitura de Caetité e a Fundação Terra Mãe, responsável pela administração da unidade, e tem gerado impactos tanto no atendimento aos pacientes quanto na situação dos funcionários. De acordo com a Fundação Terra Mãe, a Unacon não tem recebido os recursos necessários para a realização de tratamentos oncológicos, internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cirurgias desde 2023. Apenas entre janeiro e novembro de 2024, os valores pendentes ultrapassam milhões de reais, comprometendo o funcionamento da unidade. Além disso, funcionários da Unacon relatam constantes atrasos salariais, o que tem gerado insatisfação e incerteza entre os profissionais de saúde. A Prefeitura de Caetité, por sua vez, justifica a suspensão dos repasses alegando descumprimento contratual e falta de transparência na gestão da unidade. Em março de 2024, a administração municipal solicitou formalmente a retomada da gestão do Hospital Municipal Dr. Ricardo de Tadeu Ladeia, onde a Unacon está instalada. O Consórcio Interfederativo de Saúde (CIS), que reúne municípios atendidos pela unidade, também demonstrou insatisfação com os serviços prestados e aprovou um pedido para substituir a atual gestora. Diante desse cenário, pacientes oncológicos da região enfrentam incertezas sobre a continuidade do tratamento. A crise reforça a necessidade de um entendimento entre as partes envolvidas para evitar o colapso dos serviços e garantir que a população continue tendo acesso ao atendimento essencial.

MAIS NOTÍCIAS