Brasil nunca teve tanto médico, mas, com explosão de número de escolas de medicina, passa a enfrentar uma pandemia de deficiências e picaretagens na saúde
- A olho nu, sem uma anamnese ou avaliação mais profunda, o salto no número de médicos no Brasil, apontado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), poderia ser sinal da ampliação do acesso à saúde e da importância dada a esse segmento. Mas não é. Muito pelo contrário, o número tem preocupado entidades e profissionais da área por escancarar as consequências das fábricas de vagas que se tornaram as escolas de medicina. Com mensalidades que chegam a custar R$ 15 mil, essas faculdades tornaram-se negócios lucrativos e quintuplicaram de 1990 para cá. Nos últimos anos, houve até uma tentativa de barrar a abertura desses cursos, mas uma onda de judicialização tem funcionado como alternativa, concedendo liminares para que eles funcionem mesmo sem o credenciamento do Ministério da Educação (MEC). Já são cerca de 3,5 mil vagas nessas condições no Brasil - volume, inclusive, superior às vagas autorizadas pelo ministério neste ano. A estratégia dessas grandes redes tem sido judicializar a abertura, matricular alunos rapidamente e assim forçar a autorização do MEC. O ministério está recorrendo das decisões, mas a explosão no número de faculdades de medicina nos últimos anos já tem mostrado impacto na qualidade da formação dos profissionais e consequentemente na ética e na eficiência dos atendimentos aos pacientes. O próprio Conselho Federal de Medicina manifestou preocupação com esses números e seu reflexo nos médicos que estão sendo formados. “Essa abertura indiscriminada não acompanha o número de professores preparados adequadamente para ensinar esses estudantes. Além disso, não há campo de estágio suficiente para garantir uma formação médica adequada. Não há preocupação com a qualidade desses formandos. O interesse é puramente comercial”, alerta Otávio Marambaia, presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb). Não é por coincidência a febre de picaretagens e comportamentos controversos dos médicos nas redes e nos consultórios. Hepatologista e professor da Universidade Federal da Bahia, Raymundo Paraná relata que tem percebido um número de pacientes adoecidos por um mau cuidado de profissionais que se auto intitulam especialistas e prescrevem medicamentos desnecessários ou propagam conceitos que ferem a medicina. “Quanto mais profissionais de saúde com deficiência técnica, mais vulnerável eles vão ser para aderir a modismos”, pontua ele. A previsão é que em 2030 o Brasil chegue a 1 milhão de médicos, seguindo a prioridade de abrir vagas e enterrando a necessidade de avaliar a qualidade dos cursos já abertos.
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