Sudoeste Notícias

- Um estudo publicado na revista Lancet Infectious Diseases identificou variantes do vírus da febre oropouche em estados fora da região amazônica, como Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina. A pesquisa, liderada por cientistas brasileiros, sugere que essas variantes já circulavam há algum tempo, originadas da região Norte, onde o vírus é endêmico. Os pesquisadores descobriram que o vírus sofreu rearranjos genéticos, tornando-se mais transmissível. Foram analisadas 30 amostras clínicas, das quais seis foram positivas para o vírus. O estudo alerta para o crescente risco de saúde pública, especialmente após a Bahia registrar as primeiras mortes no mundo pela febre oropouche. A disseminação do vírus pode estar relacionada a eventos climáticos extremos na Amazônia, que alteraram a dinâmica de transmissão. O Ministério da Saúde já registrou mais de 7.900 casos em 22 estados, com mortes e anomalias congênitas associadas à infecção.