• Rui Costa reage a excesso de cobranças por carnaval: 'Países fecham com cinco casos, temos 2.500 e tenho que responder se vamos botar milhões de pessoas na rua'

    Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia
    Por Tiago Rego | Sudoeste Bahia

    18/11/2021 - 15:00


    O governador pede às prefeituras municipais que movam esforços para garantia de respeito às normas sanitárias no tange à realização de eventos e festas

    BAHIA

    - O governador da Bahia Rui Costa (PT) agiu com ênfase em relação à expectativa e à pressão do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) e da comissão de vereadores de Salvador, sobre a realização do carnaval de 2022. Segundo o site G1, Rui citou a situação da Covid-19 no mundo e deixou claro que será cauteloso antes de bater o martelo sobre a realização da festa momesca. “As pessoas, em uma sede de realizar o seu sonho festivo e empresarial, estão se esquecendo do drama que a gente viveu em um ano e meio. Eu não colocarei a população em risco. Não vou colocar minha cabeça no travesseiro e ficar, eventualmente, me lamentando por ser responsável por dezenas ou centenas de mortes, com a realização de um carnaval, quando eu tenho no dia de hoje em torno de 2.500 casos positivos. Os países estão fechando cidades quando aparecem cinco casos. A China, quando aparece um caso, fecha a cidade. Nós temos 2.500 casos e a pergunta que eu tenho que responder todo dia é se teremos carnaval, se nós vamos botar três milhões de pessoas na rua. De fato, eu tenho dificuldade de entender isso, que mundo é esse que estamos vivendo, que sociedade é essa, que o grande anseio das pessoas é saber se vamos ter um carnaval", questionou o chefe do Executivo baiano. Para finalizar, Rui fez um apelo às prefeituras municipais para que seja garantido o respeito às normas sanitárias mínimas, no que tange à realização de eventos, pois o decreto estadual assinado por ele, libera eventos festivos e outras atividades com até três mil pessoas. “ O estado sozinho não tem capilaridade para manter uma rede de fiscalização. Eu vou apelar e estou apelando para os municípios da Bahia, que têm a Vigilância Sanitária, que é a quem cabe essa fiscalização. Eles sim possuem essa capilaridade. Eu vou apelar para que os prefeitos façam cumprir os seus próprios decretos, não só o decreto estadual, de exigência da vacinação, porque senão nós estamos colocando todos em risco. Portanto, eu não tomarei medida de liberação de carnaval ou qualquer outro evento público e estou informando as prefeituras. Quem fizer atividade de rua, desrespeitando o decreto, não terá a participação do estado e da Polícia Militar. Quero avisar a toda a população que não se coloque em risco, porque nós não apoiaremos esse tipo de eventos que não respeitam a vida humana e a saúde do próximo”, pediu o governador. 

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