• Caetiteense trabalhou na casa dos pais de Suzane Von Richthofen pouco tempo antes do assassinato do casal, revela livro

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    Por Tiago Rego | Sudoeste Bahia

    05/10/2021 - 16:00


    A caetiteense teria limpado todo resquício de sangue da suíte da mansão dos Richthofen onde o casal foi morto , mas o trabalho não teria agradado Suzane, que identificou manchas de sangue no teto

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    - No final de outubro de 2002, um duplo homicídio ocorrido  no bairro Brooklin Velho, zona nobre de São Paulo, em que o casal  Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen foi morto a pauladas, entraria para o rol dos crimes brasileiros mais famosos de todos os tempos. Mesmo passados quase 20 anos da tragédia, o caso ainda é repleto de curiosidades, minúcias e teorias que despertam a curiosidade das pessoas até hoje, a ponto de livros, documentários e reportagens serem feitos para contar o trágico episódio criminal. No fim de setembro deste ano, estreou na plataforma de streaming Amazon Prime, dois filmes sobre o caso Richthofen: — A Menina que Matou os Pais —  e — O Menino que Matou Meus Pais —, o que fizeram disparar as buscas no Google por informações sobre o assassinato cometido por Suzane Von Richthofen, Daniel Cravinhos (namorado de Suzane à época) e Cristian Cravinhos (irmão de Daniel). E um livro com um acervo rico em detalhes sobre o crime é a obra “Suzane, Assassina e Manipuladora”, do jornalista Ullisses Campbell, lançada no ano passado pela editora Matrix. No livro em questão, narrado em terceira pessoa, Ullisses retrata o caso de acordo com o testemunho de pessoas que conviveram com Suzane dentro e fora da cadeia, já que a parricida (termo que usa para descrever pessoa que mata pai ou mãe) concedeu apenas três entrevistas a Ullisses, o que não é suficiente, às vezes, nem para uma simples matéria. E em uma das passagens da obra, Campbell revela que uma mulher de Caetité, de 40 anos à época, trabalhou na mansão que seria palco da tragédia, como empregada doméstica.  “Por volta das 16 horas, Rinalva de Almeida Lira, de 40 anos na época, surgiu diante de Marísia. Negra, baixinha e nordestina de Caetité, no sertão baiano, Rinalva mantinha o hábito de cobrir a mão direita quando falava”, descreveu o autor sobre Rinalva ao fazer uma entrevista de emprego com a mãe de Suzane. Campbell ainda revela que a caetiteense chegou a ser considerada como uma das suspeitas de ter matado o casal  Richthofen, hipótese que foi logo descartada pela investigação. Outro fato intrigante trazido à tona no livro, diz respeito à limpeza do quarto em que os pais de Suzane foram mortos. Rinalva teria limpado todo resquício de sangue da suíte da mansão dos  Richthofen, mas o trabalho da caetiteense não teria agradado Suzane, que pediu à Rinalva que repetisse a operação, já que a assassina teria identificado manchas de sangue no teto do quarto, fazendo que com que a empregada deixasse o serviço às 22h, extrapolando, e muito, o seu expediente. Outro fato de Rinalva na vida dos Richthofen, evidenciada pelo escritor, se dá na relação de trabalho com Andreas, irmão de Suzane. Quando sua irmã foi presa, ficou a cargo de Rinalva cuidar do então adolescente e órfão, mas a convivência entre os dois não foi das melhores, dado a arrogância e os arroubos autoritários de Andreas. O livro conta que Andreas reclamava de tudo; desde as roupas lavadas até o sal na comida, inclusive, chegou a acusar Rinalva de ter lhe roubado um frasco de perfume. O trabalho de Ullisses Campbell está sendo vendido nas principais livrarias do país em formato digital e físico, composto por 280 páginas, e custa em média R$ 37,00.

  • Caetiteense
    Empregada Doméstica
    Suzane Von Richthofen
    Assassinato

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