Sudoeste Notícias

- Em coletiva concedida no Centro de Operações e Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP), nesta terça-feira (14), o governador Rui Costa voltou a criticar a forma como suspeitos são soltos pela Justiça após audiências de custódia. Indignado com a morte de policiais militares em operações no final de semana, Rui afirmou ser inconcebível que um criminoso que tirou a vida de um policial seja solto dentro de alguns dias. “O debate aqui não é ser a favor ou contra a audiência de custódia. Eu sou a favor, mas eu sou contra um marco legal. Não tô condenando, até porque nem tenho competência pra isso, mas eu quero analisar qual marco legal que permite que uma pessoa que é presa com fuzil, semanas depois esteja na rua caminhando como se tivesse roubado uma galinha. Eu vi ontem na televisão um jovem que foi preso por engano, num falso reconhecimento de uma foto de quando ele tinha quatorze anos. Ele estava há dois anos na cadeia por um roubo de celular. Um celular vale mais que a vida de um policial, vale mais que a vida de um ser humano. Então o que eu tô questionando é: quais são os parâmetros que estão sendo utilizados? Quais são os marcos legais? Esse debate a gente precisa fazer”, desabafou o governador. No último domingo (12), um tenente da Polícia Militar morreu após ser baleado em uma troca de tiros com um grupo de traficantes, no bairro de Cosme de Farias. Para Rui, quem consome drogas tem uma grande parcela de culpa na morte de policiais em operações de combate ao tráfico. “Eu gosto de repetir que quem consome drogas tem as mãos sujas de sangue. Muita gente se incomoda e eu vejo várias reclamações nas redes sociais. Essas pessoas consideram que é um direito seu consumir droga pro seu lazer, independente das consequências. Gente que tem muito dinheiro, que se acha no direito de comprar da mão de um adolescente, receber um Uber em sua casa, em sua mansão, no seu apartamento luxuoso, um pacote de droga e ir fazer seu lazer. E aquele dinheiro é que tá financiando o jovem que vai atirar em um policial, uma criança ou uma dona de casa.