• COVID 19- Por que perdemos o olfato?

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    23/06/2021 - 11:47


    SAÚDE

    - A perda súbita do olfato é um dos sintomas da Covid-19, que pode se manifestar de forma isolada ou associada a outras reações, como tosse, febre e falta de ar. No entanto, o problema também está relacionado a outras patologias. Por isso, para um diagnóstico correto, é necessário buscar orientação médica.

    Chamada de anosmia, quando há a perda total do olfato, ou hiposmia, quando é parcial, o sintoma pode ser decorrente de gripe, sinusite, rinite, desvio de septo, pólipos e até mesmo doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

    Segundo informações da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, há origens diferentes do problema de acordo com as patologias. Quando há um bloqueio que impede que o odor chegue à região olfatória, o paciente não consegue sentir cheiros. Esse impedimento pode ocorrer por acúmulo de secreção, como no caso da sinusite e da rinite, a presença de pólipos ou por conta do desvio de septo.

    Outra origem da perda do olfato está em lesões no sistema nervoso central, como é o caso de pessoas com Alzheimer e Parkinson. Uma terceira razão é a inflamação na região olfatória que ocasiona a perda das funções das células. Isto é o que ocorre com pacientes diagnosticados com Covid-19. 

    Importância do diagnóstico - Identificar a causa correta do problema é o primeiro passo para tratá-lo da maneira adequada. O olfato é um importante mecanismo de proteção. Por meio dele é possível evitar a permanência em locais com odores fortes que possam prejudicar as vias aéreas, bem como alertar sobre cheiros de fumaça e vazamento de gás. Além disso, a perda do olfato pode prejudicar a alimentação da pessoa.

    O diagnóstico pode ser feito por meio da avaliação clínica com um médico otorrinolaringologista, que irá realizar o exame físico para inspecionar as passagens nasais.

    O especialista pode solicitar um exame complementar, como a tomografia computadorizada da face, para uma avaliação mais detalhada. Em caso de suspeita de a anosmia estar relacionada a uma doença neurodegenerativa, o paciente pode ser direcionado à avaliação do médico neurologista. Já se houver a possibilidade de estar relacionada ao novo coronavírus, é realizado o teste para a Covid-19. 

    Tratamento - De acordo com o manual MSD de doenças, o tratamento é direcionado à causa da anosmia. Por isso, é importante identificá-la com precisão. Para os pacientes com infecções dos seios paranasais, podem ser indicados antibióticos, sprays nasais e inalações de vapor, por exemplo. Em outros casos, como desvio de septo e presença de pólipos, pode ser recomendado o procedimento cirúrgico.

    A publicação alerta que não há a recuperação do olfato em todos os casos. Por isso, é importante que as pessoas que sofram de anosmia tomem alguns cuidados adicionais. Dentre eles, manter alarmes de incêndio em casa e ter cuidados redobrados no uso de gás natural em aquecedores ou para cozinhar. Outra orientação é com relação ao estoque de comidas. Não conseguir sentir cheiros dificulta a identificação de alimentos impróprios para o consumo.

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