• Sem campanhas de conscientização por parte da Prefeitura de Livramento, período junino é uma bomba relógio da Covid-19 na cidade

    Foto: Tiago Rego | Sudoeste Bahia Foto: Tiago Rego | Sudoeste Bahia
    Por Tiago Rego | Sudoeste Bahia

    11/06/2021 - 14:00


    LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA

    - Quem passa pela cidade de Livramento de Nossa Senhora tem a nítida sensação que a pandemia do novo coronavírus já terminou há muito tempo. É enorme a quantidade de pessoas que andam sem máscara, inclusive adentrando em estabelecimentos comerciais, sem que haja, em muitos casos, a coibição  por parte do comerciante. As aglomerações e festas clandestinas estão acontecendo aos montes, principalmente na zona rural do município, dado a dificuldade de fiscalização. Junta-se a este cenário alarmante, a inércia e a falta de atuação da Prefeitura Municipal de Livramento, gerida por Ricardinho Ribeiro (Rede), que não organizou nenhuma campanha midiática de conscientização e de cunho educativo, que alerte aos munícipes sobre a necessidade de manutenção do distanciamento social, sobre uso de máscaras e da higienização das mãos, entre outras medidas, em especial no mês de junho. E com a chegada do período junino, o risco de descontrole da doença é iminente, pois, tradicionalmente, as pessoas se reúnem para celebrar o rito, seja em um simples encontro familiar ou até mesmo em festas maiores, condição mais do que favorável para contágio e disseminação do coronavírus.

    Foto: Secretaria de Saúde de Livramento
    Foto: Secretaria de Saúde de Livramento

    E neste contexto, vale ressaltar que prefeituras de outras localidades reforçaram os quadros da vigilância sanitária, com a contratação temporária de agentes, com a distribuição de máscaras nas ruas, campanhas institucionais promovidas pelas redes sociais e nos meios de comunicação, como rádios e blogs regionais, além de pronunciamentos periódicos por parte de representantes do poder público, que no caso de Livramento, caberia a Ricardinho e ao secretário de Saúde, Gerardo Júnior. Em Livramento, Ricardinho nada fala, nem que seja por um vídeo desses amadores de WhatsApp. Fica a cargo, portanto, dos briosos profissionais da saúde emitirem sinais de alerta e até mesmo por parte de funcionários da gestão, por conta da ausência de política pública no município. Por tudo isso, com parte da população relaxada e de uma gestão displicente, um pico alto da doença é uma bomba relógio, uma questão de tempo. E, conforme boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (11), Livramento chegou a 60 mortes pela Covid-19, com 92 pessoas em fase de tratamento (casos ativos), 21 pessoas aguardando resultado de teste e 51 casos suspeitos estão sendo monitorados.

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