• Ricardinho Ribeiro: 100 dias de continuidade de uma gestão sem marca e sem legado para a sociedade livramentense

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    Por Tiago Rego | Sudoeste Bahia

    10/04/2021 - 10:00


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    - Hoje (10) completam-se 100 dias do segundo mandato de Ricardinho Ribeiro (Rede), à frente da Prefeitura de Livramento. É uma prática comum entre os historiadores e jornalistas registrar um personagem político conforme sua marca de atuação, no caso de um ocupante do Executivo, a sua marca ou legado de gestão. No entanto, quando se trata de Livramento de Nossa Senhora, a sensação de vazio ou inércia é latente. É muito difícil para um livramentense apontar qualquer marca de trabalho, quando se trata da gestão Ribeiro, que completa neste 10 de abril, 4 anos e 100 dias. Entre seus apoiadores, até tentaram colocar nele o epíteto de prefeito obreiro, dado um programa de reformas e reparos, destes feitos às vésperas de eleições, em que Ricardinho fazia uso de uma já manjada peça de marketing, em que aparecia na obra, e sempre finalizava seu discurso de improviso, dada a dificuldade que o gestor possui com a oratória, com o seguinte bordão: “E o trabalho não para!” Só não era mais canhestra a cena, porque Ricardinho não fazia uso do famigerado capacete branco. Por conta deste pacote de reparos, um de seus seguidores e empregado na gestão municipal de Livramento, com relativo conhecimento de história, chegou a dizer que Ricardinho era o “Juscelino do sertão”, fazendo uma alusão ao presidente Juscelino kubitschek, aquele dos 50 anos em 5, que foi responsável, dentre outros feitos, pela construção de Brasília. Porém, seria mais assertivo, compará-lo com Odorico Paraguaçu, icônico personagem de Dias Gomes, pois Ricardinho não só viabilizou nada para que possa ser lembrado, como também não preservou, em grande parte, o  legado de seus antecessores, como os postos de saúde, por exemplo. No entanto, no momento em que o fruticultor completa 100 dias de sua segunda gestão, áudios vazados por ex-funcionário da prefeitura, apontam para um possível esquema de “laranjas”, em que Ricardinho e seu filho, Aécio Ribeiro, seriam beneficiados e, vereadores da oposição, já protocolaram um pedido de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI), equivalente a uma CPI — Comissão Parlamentar de Inquérito —. E existe grande possibilidade que a CEI seja aberta, já que o requerimento conta com cinco assinaturas, mais do que a terça parte necessária, visto que o Legislativo livramentense possui 13 edis. Por isso, parafraseando Odorico Paraguaçu, Ricardinho pode entrar para os "anais e menstruais" da história política de Livramento como sendo o primeiro prefeito investigado por uma CPI. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

    Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião do site Sudoeste Bahia.

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