• Mais de 400 médicos baianos assinam carta aberta contra negacionismo

    Foto: Mauro Pimentel | AFP Foto: Mauro Pimentel | AFP
    Por Adele Robichez

    02/04/2021 - 20:36


    Texto critica postura do Conselho Federal de Medicina por seguir posições contrárias à ciência do governo federal e defende adoção de medidas rigorosas de enfrentamento à Covid-19

    BAHIA

    - Um total de 425 médicas e médicos baianos assinaram uma carta aberta contra o negacionismo e em defesa da vida, diante da pandemia do coronavírus no Brasil. O texto critica a postura do Conselho Federal de Medicina (CFM) por seguir as posições contrárias à ciência do governo federal, como o apoio ao uso de medicamentos sem eficácia contra a doença, e defende a adoção de medidas rigorosas de enfrentamento à Covid-19. “A Associação Médica Brasileira (AMB), e várias Sociedades de Especialidades têm assumido posição em defesa da vida e do cuidado à saúde com base na ciência. Têm reiterado que medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da Covid-19, propondo o banimento da utilização desses fármacos”, afirma a carta. O texto repudia o negacionismo do governo federal e a postura do Conselho Federal de Medicina (CFM), que, classifica como “de completo alinhamento com o governo federal, minimizando o problema, omitindo-se quanto ao banimento das medicações sem efetividade comprovada, criticando o lockdown, e enaltecendo a desastrosa atuação do Ministério da Saúde”. Com base na ciência, os médicos baianos defendem no documento: A adoção rigorosa de medidas que reduzam a transmissão da doença, como a proibição de aglomerações, o uso obrigatório de máscaras, e as restrições à circulação de pessoas, incluindo o lockdown; A garantia do auxílio emergencial de R$ 600,00 para trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, e de créditos para que as pequenas e médias empresas mantenham empregos e salários, enquanto durar a pandemia; A vacinação urgente e para todos, conduzida pelo SUS, obedecendo as prioridades definidas com base em critérios éticos e epidemiológicos; O banimento do uso de medicações que não possuem eficácia científica comprovada no tratamento ou prevenção da COVID-19; O apoio às iniciativas de governadores, parlamentares e prefeitos visando à ampliação da rede de assistência e vigilância à saúde, aquisição de vacinas e demais medidas de proteção à saúde da população; O compromisso das entidades médicas com a saúde da população e com a medicina informada por evidências científicas. Confira‌ ‌quem‌ ‌assinou‌ ‌a‌ ‌carta.

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