• Caetité: candidatos a vereador com bens declarados em mais de R$ 300 mil, receberam auxílio emergencial

    Foto: Divulgacand/TSE Foto: Divulgacand/TSE
    Por Willian Silva

    10/11/2020 - 15:40


    Um dos candidatos está preso por descumprir medida protetiva e ameaçar a ex-companheira de morte

    CAETITÉ

    - Em lista divulgada pelo Tribunal de Contas da União, mais de 11 mil candidatos em todos o país receberam parcelas do Auxílio Emergencial (R$600) e Auxílio Emergencial Residual (R$300). Em Caetité, figuram na lista dois candidatos a vereador ligados ao candidato Valtécio Aguiar. São eles: Marcos José Rodrigues da Silva (PDT) e Leandro de Jesus Matos (PDT), o Léo Moto Táxi. Segundo o TCU, Marcos declarou a Justiça Eleitoral ser servidor público e informou, em bens, o montante de R$ 399 mil. Já Léo Moto Taxi, informou a sua profissão que faz jus ao nome escolhido para aparecer na urna e declarou possuir R$ 324 mil. Ambos declararam à Justiça Eleitoral possuir imóveis e veículos. Marcos solicitou o Auxílio Emergencial Residual no aplicativo da Caixa e Léo estava no Cadastro Único e portava o Número de Identificação Social ou NIS, que dá acesso a benefícios de programas sociais. Com a descoberta por parte do TCU e do Ministério da Cidadania, ambos os candidatos a vereador, tiveram o pagamento suspenso e solicitado a devolução dos valores indevidos. Vale ressaltar que, só recebe o Auxílio Emergencial Residual quem recebeu as cinco parcelas de R$600. No caso de Léo, segundo consulta ao Ministério da Cidadania, ele recebeu as cinco parcelas de R$600 e mais uma de R$300. Marcos, por sua vez, recebeu cinco parcelas de R$600 e não chegou a receber nenhuma parcela do Auxílio Residual por, segundo o Ministério da Cidadania, “não possuir renda formal como agente público (RAIS)”. Além de ter o benefício suspenso pelo TCU, Marcos foi preso pela polícia na manhã desta segunda-feira (9). De acordo com a 94ª Companhia Independente de Polícia Militar, o candidato a vereador foi preso por descumprir medida protetiva. Além do descumprimento, segundo a PM, Marcos perseguia e ameaçava a ex-companheira, algo constante. Cansada das investidas, a mulher, que teve a identidade preservada, acionou a polícia que conduziu o candidato a vereador a Delegacia Territorial de Caetité onde permanece preso à disposição da Justiça. Marcos foi enquadrado na Lei Maria da Penha, bem como na Lei 2848, em seu Artigo 147.

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