• Contra Bolsonaro, Rui aprova aliança do PT até com DEM e PSDB

    Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia
    Por Juliana Rodrigues

    25/08/2020 - 10:00


    Em entrevista ao jornal O Globo, governador da Bahia também afirmou que o padrão do presidente é "estimular a agressão, o ódio e as ofensas a todos"

    POLÍTICA

    - O governador Rui Costa afirmou, em entrevista publicada hoje (25) no jornal O Globo, que defende aliança eleitoral em 2022 com “todo mundo” que não esteja “corroborando” com “atos de truculência” do presidente Jair Bolsonaro, incluindo PSDB e DEM. "Passadas as eleições deste ano e o pico da pandemia, nós temos que nos debruçar para construir um programa de governo. Não adianta ter nomes e não ter conteúdo. Nós venceremos pelo conteúdo e não pela bravata. Durante o ano de 2021, o conjunto de partidos de diferentes cores, do centro à esquerda, deve se reunir, e quando se aproximar da eleição a gente entra no debate de perfis, de nomes, de condições de vitória, de análise disso. E afunilar se não construir exatamente uma, podemos ter duas candidaturas ou três", afirmou Rui. Questionado se uma mesma chapa poderia comportar legendas de orientações políticas tão diferentes quanto DEM, PSDB, PT e PSB, Rui disse não ter "nenhum problema" com a possibilidade. "Quantos temas nós já chegamos e já discutimos com o (João) Doria (PSDB), com o Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul. Não tenho nenhum problema em sentar com eles e conversar sobre pilares necessários à nação brasileira, o futuro deste país. Democracia, transformação política e social você só faz com diálogo e com entendimento de conteúdo, de projeto. Se não você vai ficar eternamente refém de bancadas do “toma lá da cá”. Como hoje o governo federal, está fazendo. Criticava tanto e está fazendo. Não vejo nenhum problema em sentar com Doria, com Eduardo Leite", respondeu. Rui ainda se mostrou cético em relação ao suposto comportamento pacífico do presidente Jair Bolsonaro. Até o último domingo (23), quando atacou um jornalista, o chefe do Executivo estava evitando confrontos públicos. "Eu não deposito expectativa num padrão civilizatório do presidente. O padrão dele é estimular a agressão, o ódio e as ofensas a todos", disse o governador da Bahia.

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