• Caetité: São João deste ano é o mais diferente da história; comerciantes temem prejuízo

    Foto: Willian Silva | Sudoeste Bahia Foto: Willian Silva | Sudoeste Bahia
    Por Willian Silva

    22/06/2020 - 17:30


    CAETITÉ

    - Sem dúvidas, o São João desse ano será um dos mais diferentes da história, nos estados que comemoram o santo que, de acordo com a Bíblia, é primo de primeiro grau de Jesus Cristo. A primeira diferença é a questão do isolamento social. Há quem compare o São João ao Natal, festa que reúne, de certa forma, só a família para celebrar o nascimento do primo de João Batista. Segundo: ao observar o lado financeiro, o São João desse ano será de movimentação menor de acordo com os lojistas e sem base para medição, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Caetité (CDL), devido ao período em que boa parte do comércio de Caetité ficou fechado, devido às medidas de prevenção contra a Covid-19. Segundo o presidente da CDL de Caetité, Avandir Silveira, percebeu-se um desânimo por parte dos comerciantes que estão na esperança de poder reaver o tempo perdido e tentar amenizar os prejuízos. Silveira ainda aponta que o único segmento que está aquecido é o de alimentos. “Uma parcela considerável dos consumidores deixará de adquirir roupas e similares e comprará alimentos que compõem as comidas típicas do São João.” Outra parte que foi prejudicada pela pandemia foi o comércio de fogos, em Caetité. Num primeiro momento, as barracas de fogos seriam colocadas ao lado do Ginásio de Esportes, na Avenida Anísio Teixeira. Porém, de acordo com uma fonte ouvida pelo Sudoeste Bahia, os comerciantes que, ao invés de sentir o cheiro de pólvora, iriam sentir o cheiro do prejuízo pressionaram o poder público municipal de Caetité e mantiveram o local original, no início da Avenida Dr. Woquiton Teixeira. Mesmo com a manutenção do comércio dos fogos no local citado, houve uma adesão menor dos vendedores este ano. Segundo informações obtidas, apenas metade dos vendedores instalaram as suas barracas. Um vendedor que preferiu não se identificar, disse que investiu metade do que investiu no ano passado. “Fico com medo de sobrar fogos demais e ficar no prejuízo. Esse ano, acredito que venderemos menos que no ano passado”, lamentou.

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