O equipamento também aponta se o paciente tem pré-disposição a desenvolver a doença no futuro. Além da rapidez, a técnica é menos invasiva que a tradicional. Ainda no campo da pesquisa, profissionais da USP de Ribeirão Preto conceberam uma terapia anticâncer inovadora, que modifica o DNA das células do paciente para que elas ataquem o câncer. Um homem com linfoma não Hodkin de células B foi curado após os testes. No campo das artes, me recordo do período em que o Rio de Janeiro deixou de pagar servidores públicos. Salários e 13º estavam atrasados, mas apesar do desprestígio do poder público o ballet do Teatro Municipal não parou de se apresentar. As encenações continuaram porque os bailarinos eram comprometidos com a arte. Outro grande exemplo é a professora Heley Abreu, que lutou contra um incendiário na creche em que trabalhava em Janaúba (MG). Ela retirou todas as crianças pela janela, mas infelizmente morreu no incêndio. Ela deu a própria vida por seus alunos. Também vem à mente os profissionais do serviço público que trabalham sob forte tensão, como os médicos do SUS, que precisam atender uma enorme quantidade de pacientes, apesar da falta de recursos. Lembro ainda daqueles que trabalham sob ameaças, como os próprios policiais militares, além de carcereiros e fiscais de meio ambiente. Poderia citar outros inúmeros exemplos, mas creio que estes sejam suficientes para mostrar ao ministro Paulo Guedes o importante trabalho dos servidores públicos em todo o país, muitas vezes pouco reconhecido pelo governo e até mesmo pela população que se beneficia deles. Servidores não são parasitas. Há exemplos negativos no funcionalismo, mas também há exemplos ruins na iniciativa privada. Quantas estatais foram privatizadas e hoje se encontram no topo da lista de reclamações do Procon? Parasitas de verdade são os políticos constantemente eleitos mas que pouco (ou nada) fazem pela população. Definitivamente, o ministro Paulo Guedes entende muito de números, mas pouco sobre pessoas.
20/01
carlos henrique