• Flavio Bolsonaro diz que 'há pessoas acelerando' cremação de miliciano morto na BA

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    12/02/2020 - 14:57


    POLICIAL

    - O filho do presidente da República e senador Flávio Bolsonaro afirmou, em publicação no Twitter, que teve conhecimento de que pessoas estariam acelerando a cremação do miliciano Adriano da Nóbrega para ocultar as evidências de que ele teria sido "brutalmente assassinado" na Bahia. "DENÚNCIA! Acaba de chegar a meu conhecimento que há pessoas acelerando a cremação de Adriano da Nóbrega para sumir com as evidências de que ele foi brutalmente assassinado na Bahia. Rogo às autoridades competentes que impeçam isso e elucidem o que de fato houve", escreveu. Apesar da publicação de Flavio, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) sustenta que ele foi morto em ação policial, no último domingo. Um inquérito policial vai apurar as circunstâncias da morte. De acordo com o G1, o corpo de Adriano foi transferido da Bahia para o Rio de Janeiro ontem (11). Ainda não há informações sobre o sepultamento, que estava previsto para hoje (12). Ligações: Adriano tem um histórico de ligações com o senador Flávio Bolsonaro. O miliciano foi citado na investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que investiga se houve "rachadinha", nome dado ao esquema de devolução de salários, no gabinete do filho do presidente, quando ele tinha mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A promotoria aponta que as contas de Adriano foram usadas para transferir dinheiro ao assessor Fabrício Queiroz, suspeito de comandar o esquema. Queiroz e Adriano já haviam trabalhado juntos no 18º Batalhão da PM. Familiares de Adriano foram contratados como assessores no gabinete de Flávio: a mulher do ex-capitão, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, de 2007 até 2018, e a mãe dele, Raimunda Veras Magalhães, de 2016 a 2018. Além disso, em 2005, enquanto estava preso preventivamente pela morte de um guardador de carros, Adriano foi condecorado por Flávio com a Medalha Tiradentes, honraria da Alerj. Dois anos antes, o então deputado estadual apresentou uma “moção de louvor” em favor de Adriano. 

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