• Em entrevista ao ‘Sudoeste Bahia no ar’ vítima de tiro durante 8º Carnaval da Diversidade em Caetité dá detalhes sobre o caso

    Foto: Cledeilton Santos | Sudoeste Bahia Foto: Cledeilton Santos | Sudoeste Bahia
    06/02/2020 - 15:09


    CAETITÉ

    - Na madrugada do dia 26 de janeiro, Jailton Crispim Arruda, de 33 anos, foi baleado em Caetité no percurso do 8º Carnaval da Diversidade e a 33ª Lavagem da Esquina do Padre, durante o show do cantor Luiz Caldas, por volta das 02h30. De acordo com dados obtidos pelo Sudoeste Bahia na ocasião, o fato teria sido desencadeado após discussão envolvendo policiais da 94ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Em entrevista no programa “Sudoeste Bahia no ar” desta quarta-feira (05) Jailton falou sobre o assunto. Segundo ele, ao passar pelo circuito foi surpreendido por uma pancada nas costas e ao virar para ver quem seria o autor foi agredido por um policial militar com um soco na nuca. Ele disse ter gesticulado sem entender o que acontecia, momento em que o policial deflagrou dois tiros em sua perna. Jailton relatou ainda que caiu e os policiais mantiveram as agressões com socos e chutes. Mesmo ferido, ele foi algemado e arrastado até o camburão da viatura, onde segundo Jailton foi “jogado” dentro e levado a UPA 24h, onde foi mantido algemado na maca. O advogado da vítima, Yalen Sacramento, disse que o comandante da Polícia Militar esteve na unidade de saúde, ordenou a retirada da algema, se mostrou preocupado com a situação e deu assistência naquilo que foi possível. De acordo com o advogado, um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso e, somente de posse do resultado, a defesa irá montar a sua tese para que o estado seja efetivamente responsabilizado pelo ato do representante do estado [policial militar]. Ressaltou, que tanto do ponto de vista Civil, quanto Militar, tem se percebido a preocupação do comando da 94ª CIPM em se apurar os fatos e buscar efetivamente a verdade sobre o caso ocorrido, para que aquele que tenha culpa seja punido e responsabilizado conforme os ditames da lei. Sobre a possibilidade de ter havido ato racista na ação, o advogado ressalta que somente o Inquérito Policial poderá indicar. Ouça a entrevista:

  • Caetité

MAIS NOTÍCIAS