• Homem que sequestrou e matou filho no DF diz que descartou corpo na Bahia

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    05/12/2019 - 11:30


    CASO DE POLICIA

    Um homem, identificado como Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, foi preso acusado de matar o filho, Bernardo, de apenas 02 anos de idade e jogar o corpo às margens da rodovia BR- 020, entre os distritos de Rosário e Roda velha. Segundo informações da polícia, o crime teria ocorrido na madrugada de sexta- feira, 29 de novembro. O acusado foi apresentado por uma equipe da Divisão de Repreensão a Sequestro – DRA, da Polícia Civil do DF, no Posto de Policia Militar em Roda Velha, e em depoimento à polícia disse que após matar o filho o arremessou com a cadeirinha para fora do carro, sem, no entanto, apontar o local. Buscas pelo corpo da criança estavam sendo realizadas, no entanto, a polícia suspendeu as buscas, pois o suspeito decidiu falar onde o corpo estaria. De acordo com os investigadores, o local apontado pelo criminoso é uma região de plantação de soja e tem quatro trechos de mata fechada, que foram exaustivamente vasculhados pelos agentes, inclusive, com a ajuda de um helicóptero. Os policiais que conduzem as apurações acreditam que Paulo Osório criou uma história para desviar a atenção e manipular as investigações. Ele é frio e relatou com tranquilidade e riqueza de detalhes as horas que antecederam o assassinato. Osório usava medicamentos controlados. Aos investigadores da DRS, o homem afirmou ter dopado o pequeno Bernardo com o sonífero usado em seu tratamento. A morte, conforme contou, teria sido provocada por uma superdosagem do medicamento. Em seu relato à polícia, o homem disse ter diluído três comprimidos da substância no suco de uva que deu ao filho. Segundo a polícia, o suspeito é ainda acusado de ocultar o assassinato da própria mãe, em 1992, do qual foi o autor. Apenas os vizinhos da quadra sabiam da história, ocorrida na mesma residência onde a Polícia Civil acredita que Bernardo tenha sido morto. Foi, inclusive, um morador da 712 Sul que revelou à mãe do bebê, Tatiana da Silva, 30, o homicídio cometido pelo suspeito. Pelo assassinato da mãe, ele ficou 10 anos internado na ala psiquiátrica da Papuda. Na ocasião, ele tinha apenas 18 anos. Segundo a polícia, a vítima foi surpreendida por Paulinho, como era chamado à época, assim que chegou em casa: o então jovem esfaqueou e enforcou a mãe. Em seguida, queimou o corpo dela. Solto em 2002, Osório voltou ao endereço onde cometeu o matricídio. Dividiu a casa da família com o pai, Paulo Jarbas, até fevereiro deste ano – quando o idoso morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Sozinho, o homem voltou a apresentar sinais dos transtornos psiquiátricos que o levaram à reabilitação, segundo os vizinhos.

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