• Comunidade católica de Caetité se prepara para a celebração do Corpo de Cristo

    Foto | Willian Silva - Sudoeste Bahia Foto | Willian Silva - Sudoeste Bahia
    Por Willian Silva

    20/06/2019 - 12:14


    CAETITÉ

    Enquanto alguns aproveitam o feriado prolongado, fiéis católicos em Caetité se preparam para celebrar o dia religioso de Corpus Christi, que em latim significa Corpo de Cristo. A comunidade católica no município se preparou por toda a manhã desta quinta-feira (20) fazendo os tradicionais tapetes coloridos por onde passarão o ostensório que contém, segundo a tradição católico-romana o corpo de Cristo, em formato de hóstia, sendo conduzida por um sacerdote católico, o bispo diocesano ou alguém designado para tal. Desde as primeiras horas desta quinta, grupos de jovens, crianças e adultos se revezavam nas pinturas e criação dos tapetes que encantam, mas que, infelizmente, só durarão até a passagem dos fiéis que acompanharão o cortejo. Nas ruas onde passará este, moradores dos logradouros também decoram suas residências com motivos e santos católicos, aguardando a passagem da procissão.

    Foto | Willian Silva - Sudoeste Bahia
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    Os tapetes são uma obra de arte e dedicação

    O costume de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. No sul do Brasil, chegou com os imigrantes açorianos. Nas cidades que preservam a tradição, é comum ornamentar as ruas por onde passará a procissão com um tapete desenhado com serragem tingida, palha, borra de café, areia e grãos. Toda população participa do trabalho e o resultado é um grande mosaico, com símbolos cristãos, locais e nacionais, compondo uma obra de arte altamente efêmera, pois ela vai durar apenas até a passagem dos devotos.

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    A tradição do Corpus Christi

    A festa de Corpus Christi é uma das mais antigas do catolicismo em todo o mundo. Foi instituída pelo papa Urbano 4°, em 1264, para ser celebrada na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, que ocorre, por sua vez, no domingo seguinte ao de Pentecostes. Segundo a tradição, ele recebeu o segredo das visões da freira Juliana de Mont Cornillon. Juliana morreu em 5 de abril de 1258 e foi canonizada em 1599 pelo papa Clemente 8°. O decreto de Urbano 4° teve pouca repercussão, mas se propagou por algumas igrejas, como em Colônia, na Alemanha, onde o "Corpus Christi" foi celebrado antes de 1270. A festa tomou seu caráter universal definitivo a partir de 1313 com a sua confirmação pelo papa Clemente.

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