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Moradores da zona rural da cidade de Pindaí temem um rompimento semelhante aos que provocaram as tragédias nas cidades Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais, com a construção de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, que tem obras marcadas para 2020. Na última semana, a população chegou a fazer uma manifestação. Segundo informações do G1, a reação começou quando a empresa Bahia Mineração, que atua na região e é responsável pelo empreendimento, apresentou o projeto à comunidade. “A área onde a Bahia Mineração recebeu a licença para construir a barragem de rejeitos é uma área que existe 26 nascentes, e são nascentes que as comunidades dependem para beber, para produção, e que outras famílias, inclusive da cidade, em período de seca, pegam água de carro-pipa aqui”, disse em entrevista ao G1 Venício Montalvão, integrante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (AMA). Além disso, na região há barragem de água potável, que é o único reservatório que abastece Guanambi. A água da barragem é a principal fonte hídrica utilizada na agricultura familiar da região. Só no distrito de Ceraíma, cerca de 8 mil pessoas seriam atingidas, caso ocorresse o rompimento da barragem. A Bahia Mineração informou que a construção da barragem prevê normas rígidas de segurança, e que ela não será construída da mesma forma que as de Brumadinho e Mariana, e sim dentro dos padrões internacionais e conforme as normas de licenciamento do Instituto do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). A empresa disse ainda que está aberta ao diálogo com a comunidade, inclusive com visitas guiadas à mina.