• Greve nas universidades estaduais foi planejada há mais de um ano, afirma coordenadora da Aduneb

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    Por Daniel Brito

    21/05/2019 - 17:00


    EDUCAÇÃO

    Em entrevista a Rádio Metrópole, Ronalda Barreto afirmou que o governo estadual não recebia os professores há pelo menos quatro anos

    A coordenadora geral da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), Ronalda Barreto, rebateu hoje (21), em entrevista ao Jornal da Cidade Segunda Edição, da Rádio Metrópole, as declarações do governador da Bahia, Rui Costa, sobre a paralisação da categoria, iniciada no mês de abril. De acordo com a representante, a categoria indicou que iniciaria o movimento há mais de um ano. “O governador não nos recebia há quatro anos. O indicativo de greve foi protocolado na Secretaria de Educação, na governadoria e nas reitorias com mais de um ano de antecedência e não havia negociações dos itens da nossa pauta. Nós fomos compelidos”, disse. Ontem (20), durante entrevista a Mário Kertész na Rádio Metrópole, Rui classificou a greve como “partidarizada”. Ronalda contestou a fala e afirmou que as universidades têm a diversidade como marca entre alunos, docentes e funcionários. “São pessoas de todos os partidos, da extrema-esquerda à extrema-direita. É perigosa essa acusação feita pelo governador, com a trajetória que ele tem. Ficamos indignados com esse tipo de discurso”, rebateu. A coordenadora-geral comentou também a afirmação de que categorias de docentes ganham mais de R$ 20 mil em salário. Segundo ela, nem todos atingem o valor. “Pouquíssimos professores chegaram a esse salário, e eles têm uma longa carreira de contribuição à universidade e à sociedade. Esperaram um longo período na fila para serem promovidos. Pegar o topo da nossa carreira para falar dos salários fica complicado porque a maioria dos docentes não chega a esse teto citado pelo governador”, argumentou. Ronalda ainda comentou sobre o possível fim da paralisação, que depende de uma resposta positiva do governador às reivindicações feitas pela categoria. “Estamos esperando o bom senso. Queremos muito que essa questão seja resolvida e estamos dependendo do governador nos atender. Lutamos por direitos que não foram atendidos e feridos, além, claro, dos salários”, finalizou.

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