• AES Tietê ainda trabalha para fechar aquisição de Alto Sertão III junto à Renova

    Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia
    Por Luciano Costa

    10/05/2019 - 20:00


    ECONOMIA

    A elétrica AES Tietê, da norte-americana AES, ainda não tem uma previsão de quando será concluída sua aquisição junto à Renova Energia do complexo eólico Alto Sertão III, anunciada em abril, disseram executivos da companhia em teleconferência com investidores nesta quarta-feira. "A gente está trabalhando nas condições precedentes, e quanto (tempo) pode levar a gente não sabe ao certo. Em paralelo estamos trabalhando na estrutura de capital adequada para a companhia, caso de fato essa aquisição ocorra. Não tem uma definição ainda", afirmou a vice-presidente e diretora de relações com Investidores, Clarissa Della Nina. A AES Tietê fechou acordo com a Renova Energia para a compra do complexo eólico Alto Sertão III, que está com a construção paralisada em estágio avançado, por até 350 milhões de reais e mais assunção de 998 milhões de reais em dívidas do empreendimento. Dias depois, a Renova, controlada pela estatal mineira Cemig, foi alvo da operação "E o Vento Levou", da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal, que investiga possível desvio de recursos da empresa de Minas Gerais por meio de contratos superfaturados da empresa de energia limpa. Questionada por analistas, a diretora financeira afirmou que não está no radar da companhia neste momento uma mudança no pagamento de dividendos para suportar a aquisição. A AES Tietê tem distribuído 100 por cento do lucro aos acionistas. "Hoje não estamos avaliando mudar nossa política de pagamento de dividendo", afirmou. A executiva destacou que a AES Tietê promoveu recentemente uma reestruturação de suas dívidas, o que significou segundo ela "um avanço bastante importante na estrutura de dívida da companhia". Com uma emissão de debêntures de 2,2 bilhões de reais realizada em abril, a AES Tietê deslocou 1,5 bilhão de reais em dívidas que venceriam nos próximos cinco anos para prazos mais longos. Com isso, o prazo médio das dívidas da companhia passou para seis anos, ante 3,9 anos no final do primeiro trimestre e 4,2 vezes ao fim de 2018.

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