• Funcionária que fez disparos em massa na campanha de Bolsonaro ganha cargo no Planalto

    Foto: José Cruz | Agência Brasil Foto: José Cruz | Agência Brasil
    Por Juliana Rodrigues

    18/01/2019 - 09:00


    POLÍTICA

    Taíse de Almeida Feijó atuará como assessora da Secretaria-Geral da Presidência, com salário de R$ 10,3 mil

    A funcionária da agência de comunicação que contratou disparos em massa de mensagens de WhatsApp para a campanha presidencial de Jair Bolsonaro foi nomeada para o cargo comissionado de assessora do gabinete do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que foi um dos principais articuladores da campanha. Taíse de Almeida Feijó ganhará um salário de cerca de R$ 10,3 mil reais. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda (14). A ex-funcionária da agência de comunicação AM4 Inteligência Digital era a responsável por contratar as mensagens enviadas por meio do WhatsApp. No último mês de outubro, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp, prática vedada pela legislação eleitoral. O caso é investigado pela Polícia Federal junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Na época, de acordo com o UOL, o login de usuário no sistema de mensagens Bulk Services, usado para as ações da campanha, estava em nome de Taíse, que atuou como gerente de projetos da AM4 por pelo menos oito anos. Horas após a publicação da reportagem da Folha, o conteúdo das mensagens enviadas para a campanha de Jair Bolsonaro foi apagado, bem como listas de contatos com milhares de números de telefone. Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência informou que a nomeação de Taíse se deu por "critérios técnicos, após avaliação curricular e entrevista". Em novembro, um dos sócios da AM4 chegou a ser nomeado para fazer parte da equipe de transição, mas teve a nomeação anulada em seguida.

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