• Saída de cubanos poderá deixar 611 cidades sem médicos

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    Por Juliana Rodrigues

    18/11/2018 - 14:30


    BRASIL

    Segundo o presidente do Conasems, profissionais de Cuba foram os únicos a aceitar trabalhar em unidades de saúde que ficam em cidades mais isoladas ou pobres

    Após a saída dos 8,3 mil médicos cubanos que fazem parte do programa Mais Médicos, pelo menos 611 cidades brasileiras podem ficar sem médicos a partir de 2019. A estimativa é do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). De acordo com o presidente da entidade, Mauro Junqueira, os médicos cubanos foram os únicos a aceitar trabalhar em unidades de saúde que ficam em cidades mais distantes, isoladas ou pobres do Brasil. Para ele, dificilmente vai ser possível substituir todos os profissionais dessas regiões, considerando que os médicos brasileiros têm preferência por trabalhar nos grandes centros urbanos. Os profissionais cubanos representam 90% dos médicos que aceitaram atuar em aldeias indígenas por meio do programa. "Algumas regiões provavelmente ficarão sem médico por um período entre 60 e 90 dias. Tudo vai depender da rapidez do Ministério da Saúde para contratar os substitutos. O Conselho Federal de Medicina assegura que há médicos disponíveis no Brasil. Vamos rezar para que todos se inscrevam", afirmou Junqueira, ao jornal O Estado de S. Paulo. Na sexta (16), a Defensoria Pública da União apresentou um recurso à Justiça Federal para obrigar o governo a manter as regras atuais do programa. De acordo com o Ministério da Saúde, um edital será lançado ainda neste mês para contratação de médicos brasileiros e de outros países.

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