• Caetité: O Casarão completa 23 anos dando abrigo e esperança a homens e mulheres abandonados

    Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia
    Por Willian Silva

    15/11/2018 - 07:00


    CAETITÉ

    Há mais de 20 anos, surgia em Caetité uma obra assistencial, que tinha como missão resgatar os chamados “invisíveis sociais”. São homens e mulheres que vivem peregrinando de casa em casa, de comércio em comércio atrás de algum dinheiro ou comida que os faça sobreviver; são bêbados, andarilhos, viciados, viajantes solitários pelas estradas da desilusão e do abandono familiar. Quem está nesta situação, em muitos casos, não vê nenhuma saída ou já perdeu tudo inclusive a fé numa vida nova. O local chamado Casarão – que faz jus ao nome por ser uma casa enorme de propriedade da Diocese de Caetité – abriga cerca de 30 pessoas que são resgatadas das ruas ou aqueles que vêm de outras cidades encaminhados por órgãos municipais de assistência social, até que seja encontrada a sua família e devolvidos ao convívio destes. Mas, saiba que nem tudo são flores. As dificuldades são imensas. Uma dessas dificuldades, segundo Helena, é a falta de apoio do poder público. “Mesmo com todas essas dificuldades, em nenhum dia da minha vida, eu pensei em desistir”, relata Helena. Outro local que também faz parte do Casarão é o Sítio Deus acampado. O local possui três casas, construídas com o auxílio de doações. O terreno pertence a Associação das Senhoras de Caridade (Abrigo) e foi cedido ao Casarão por meio de comodato de empréstimo. De acordo com Helena, o local está com seis pessoas que auxiliam nos trabalhos do Sítio. Neste os internos plantam milho, feijão, hortaliças, verduras e criam animais, a exemplo de galinhas que fornecem carne e ovos para ambos locais de acolhimento além de realizarem serviços de manutenção do local. “O Sítio serve de apoio ao Casarão, para num caso de não poder colocar todos no mesmo local. O Sítio também serve para acolher aqueles que, por algum motivo, necessitem de um tempo maior de abrigo, seja por questões de localização de familiares ou, por exemplo, a emissão de documentos ou qualquer outro motivo imperioso”, explica Helena. O Sítio Deus Acampado existe há quase 20 anos. Tanto o Casarão quanto o Sítio Deus Acampado sobrevivem de doações e não há nenhuma ajuda de órgãos públicos. O Sudoeste Bahia entrevistou a fundadora e administradora do Casarão, Helena Alves que dedicou e ainda dedica parte de seus esforços em retirar das ruas e do abandono quem já perdeu toda a esperança. Quem quiser fazer a sua doação ao Casarão/Sítio Deus Acampado basta se dirigir à Avenida Waldik Soriano, saída para Brumado, em frente a Gaguinho Veículos. Contato: (77) 3454-3392 ou (77) 9 8152-5864 - Helena. Banco do Brasil - C/C 20.956-2, Ag. 230-5 – Associação Deus Acampado. Assista a íntegra da entrevista:

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