• Guanambienses são resgatados em condições de trabalho análogo ao escravo em Monte Claros

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    20/09/2018 - 09:30


    GUANAMBI

    Três trabalhadores guanambiense – um trabalhava há um ano e os outros dois, menos de seis meses – foram resgatados pelo Ministério do Trabalho de uma construção civil em Montes Claros (MG), onde exerciam  atividades em condições precárias e de alto risco, inclusive, sem registro em carteira. Em entrevista ao G1, o auditor fiscal Hélio Ferreira Magalhães relatou que a obra foi embargada e os homens afastados da obra. “Durante fiscalização, constatamos que os homens moravam e se alimentavam na obra sem as mínimas condições de sobrevivência, além de não terem segurança na atividade. Havia muito lixo, inclusive orgânico – eles faziam a própria comida –, e o sanitário estava entupido já com dejetos no chão. Durante o trabalho, eles não usavam equipamentos mínimos de proteção, nem coletivo, e se equilibravam em um andaime de balanço. No quinto andar, a altura do prédio chega a 15 metros; qualquer descuido poderia ser fatal”, disse o auditor que ainda observou que “além do embargo e do afastamento imediato, fizemos a exigência da rescisão indireta do trabalho. Eles irão receber a verba rescisória e, ainda, três meses de seguro por terem sido resgatados nestas condições. Estamos na fase de análise de documentos e de emissão dos autos de infração. Em seguida, o relatório de toda operação será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, ao Ministério Público Federal e à própria Superintendência do MTE”, disse. O Ministério Público informou que a jornada de trabalho era ininterrupta, de domingo a domingo. Depois da fiscalização, os trabalhadores pernoitaram em uma pensão e voltaram para casa, nesta quarta-feira (19). Todo o procedimento de rescisão contratual foi realizado pelo Ministério do Trabalho, em Montes Claros.

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