• Jequié: prefeito participou de reunião para fraudar licitação de transporte barrada pelo MP

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    21/08/2018 - 19:00


    SUDOESTE DA BAHIA

    Entre os municípios alvos da Operação Offerus, Jequié foi a única cidade cuja licitação fraudulenta não foi levada à frente no esquema de transporte escolar. De acordo com a Polícia Federal, um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e o prefeito jequieense Sérgio da Gameleira (PSB) antecipou a efetivação da fraude no processo licitatório. “Durante a licitação em Jequié, houve uma denúncia no Ministério Público do Estado da Bahia e o MP apurou de forma a impedir que a licitação continuasse. O que foi identificado no município de Jequié foi que a pessoa contratada para prestar consultoria em licitação e estaria conduzindo o pregão era de fato preposto da empresa. E ele já tinha inabilitado todas as empresas e deixado só as empresas das quais ele era preposto como habilitada a continuar no certame”, detalhou a delegada Luciana Caires. Por meio do TAC, a prefeitura de Jequié reconheceu a fraude na licitação e acabou suspendendo o certame. No entanto, informações obtidas pela investigação da PF apontam que o prefeito Sérgio da Gameleira participou de reuniões para tratar do recebimento de propinas. “Apesar da licitação não ter ido adiante, nós temos a gravação de uma reunião ocorrida entre o prefeito [de Jequié] e secretários municipais e o empresário onde todos eles combinam como é que essa situação vai se resolver. O prefeito fala ‘eu garanto que essa situação vai se resolver’, para o empresário. [O prefeito diz] ‘Você contribuiu muito no nosso momento de dificuldade’. Acredito que ele se refira à campanha. Nessa reunião eles fazem o acerto de como isso vai se resolver para frente”, relatou a delegada.

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