• Caetité: jovem empresário lança pré candidatura a deputado estadual

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    Por Willian Silva

    06/06/2018 - 16:48


    CAETITÉ

    A política caetiteense é, de fato, uma grande caixinha de surpresas. E para as eleições 2018, a cada momento, novas surpresas não param de aparecer. É o que pode ser constatado no último final de semana quando o jovem empresário caetiteense, Manoel Oliveira da Silva, ou simplesmente Pajé, anunciou através das redes sociais, a sua filiação ao partido Rede Sustentabilidade – o mesmo da pré candidata ao Planalto, Marina Silva – e sua candidatura a um assento na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Pajé é o segundo caetiteense a declarar que será candidato a deputado estadual para as Eleições Gerais de 2018. Em entrevista concedida ao Sudoeste Bahia na última segunda-feira (04), Pajé contou um pouco da sua trajetória política. “Ingressei na militância em 2003, na causa dos mais necessitados pela Igreja Católica, através da Sociedade São Vicente de Paulo (Vicentinos), transferindo-se para a Congregação dos Rogacionistas em Presidente Jânio Quadros (2004), indo logo depois para Bauru – São Paulo e Curitiba/Paraná, onde deixa de ser seminarista e ingressa na Pontifícia Universidade Católica e cursa Filosofia, concluindo em 2011”. Nas eleições de 2016, Pajé se voluntariou para trabalhar para o candidato Valtécio, derrotado nas últimas eleições municipais em 2016. O empresário ainda faz parte da Associação de Memória e Patrimônio Cultural de Caetité e encabeçou o manifesto contra o aumento salarial dos vereadores de Caetité em 2017.

    Quando perguntado qual foi a motivação para ser candidato a deputado Pajé responde “Minha trajetória política já vem de longo tempo. Desde os meus 19 anos que trabalho com movimentos e obras sociais. Me afastei de Caetité por um tempo para ingressar no seminário e quis desenvolver esse trabalho político através da igreja, onde fiquei no seminário por seis anos. Quando saí do seminário, senti falta de continuar o trabalho que eu fazia, que era de denúncia e fiscalização, pensando mais no bem comum e não pleitear um cargo. Quando retornei à Caetité, me afastei da política local por não concordar com nenhum dos dois grupos, e estes são grupos que não aposto mais. Em 2016 resolvi apoiar o candidato Valtécio por ser um nome novo e que estava em ascensão” Pajé conta que já militou pelo Partido dos Trabalhadores (PT) onde pôde escrever e executar diversos projetos com grandes nomes da política regional como Yulo Oiticica e Waldenor Pereira – ambos filiados ao PT -  em cidades como Caraíbas, Presidente Jânio Quadros e Anagé. Outro ponto foi a visão de Pajé quanto ao atual cenário político em nosso país. “Eu acredito que toda democracia só evolui quando ela é rotativa. Se formos analisar a história, nenhuma democracia evoluiu quando o mesmo grupo governou. No Brasil, a política sempre esteve na mão da “direita”Quando um grupo que se diz de esquerda entrou, nós observamos uma mudança na política do Brasil. Mas com quase quatro mandatos deste mesmo grupo de esquerda, houve um desgaste, ela caiu nos mesmos erros de corrupção. E é, neste mesmo sentido que eu acredito que a democracia ela tem que ser rotativa. A nível de Caetité, há mais de 30 anos que duas famílias se revezam no poder. É nestas circunstâncias que eu acredito que, Caetité tem que pensar em algo novo, em algo diferente.” O pré candidato a deputado estadual, reforça que não faz parte de nenhum grupo político de Caetité apesar de ser apaixonado por política. “Eu sou apaixonado por uma política de benefícios à população. Isso é o que me faz pensar hoje a minha entrada na política, por que a maioria dos brasileiros, passam uma vida inteira criticando, reclamando mas, não participa da vida política, não fiscaliza. E eu acho que chega uma hora que a gente tem que parar de falar e fazer. Sou uma pessoa que gosto de política, eu amo política e sempre tive afinidade com a política.” Por fim, Pajé diz que não faz promessas, mas reafirma o seu compromisso com as causas populares e sobretudo, se eleito, corresponder aos anseios de Caetité. “A minha pré candidatura ela surge não apenas com o desejo de representar àquilo que eu penso, mas representar àquilo que Caetité e região anseia. Porque um candidato não pode representar apenas uma cidade. Hoje eu participo de reuniões de associações, onde eu ouço mais do que eu falo. Eu conheço bastante da realidade de Caetité. Mas esse bastante ainda é pouco para se construir um projeto de mandato. E é por isso que eu busco ouvir as pessoas da comunidade e das associações e dos movimentos, para poder assim, construir um projeto de mandato que seja cabível em nossa cidade e região. Tenho duas bandeiras que, caso seja eleito, eu gostaria de fazer por Caetité. Um é colocar para funcionar o Hospital de Caetité. Fiz um orçamento de quanto custa para fazer funcionar e equipar esse hospital e sei que é possível. A outra é a construção de um represa. Cidades como Guanambi e Brumado possuem represas. Caetité hoje vive da água do (rio) São Francisco e um pouco da água de Ceraíma. E a gente não sabe até quando isso vai durar e até quando o São Francisco vai suportar porque, a cada dia que passa, o rio está diminuindo sua capacidade. É preciso pensar em algo a longo prazo. O meu mandato será sobretudo de diálogo com as empresas que estão instaladas no município e de diálogo com a população.”

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